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Na Capital

Isolados e sem asfalto, bairros da capital padecem no período chuvoso

No bairro Oliveira III, asfalto é promessa antiga de políticos

No bairro Oliveira III, asfalto é promessa antiga de políticos - Foto: Isabelly Melo/CBN
No bairro Oliveira III, asfalto é promessa antiga de políticos - Foto: Isabelly Melo/CBN

Em razão das chuvas e, principalmente da tempestade que caiu sob Campo Grande nos últimos meses, bairros sem asfalto ficaram ilhados. Moradora do Oliveira III desde 2004, dona Creuza reside em uma das mais de quatro ruas que seguem sem asfalto.

Na seca, cascalhos ajudam a evitar atolamentos, mas no período de chuva descem para a Av. Pref. Lúcio Martins Coelho junto com lixos  

Na lembrança, a aposentada guarda promessas feitas por candidatos de que, se eleitos, levariam asfalto até a região. “As primeiras reuniões que teve foi aqui na minha casa. Aí eu falei, ‘Marquinhos, só quero que você olhe pelo Oliveira quando você entrar na prefeitura. Ele disse tá bom, pede a Deus que dá tudo certo’. Até agora nada e a gente fica aqui, nesse beco sem saída”, contou.

Conforme dona Dreuza, moradores já reclamaram da situação, no entanto, ouviram como resposta que a rua consta sim como asfaltada. “Diz que consta assim lá, né. Mas ninguém explica nada, parece que o prefeito nem liga pro Oliveira. A gente já até pensou em fazer o asfalto por conta própria”, contou.

Segundo o secretário municipal de infraestrutura e serviços públicos, Rudi Fiorese, há previsão do Oliveira III ser asfaltado no próximo ano “A licitação da obra teve ter início ainda neste ano, com obras a partir de 2022”. Conforme Rudi, a malha viária total de Campo Grande tem cerca de 4 mil km, sendo pouco mais de 77% asfaltado.

Somente ao chegar na parte asfaltada Agnaldo sobe na bicicleta, acompanhado pela filha

Em relação as ruas que moradores afirmam constar como asfaltada, o secretário disse que isso não procede. “Se no carnê do IPTU estiver assinalado que tem, a pessoa tem que ir na SEMADUR e mudar no cadastro, porque tem um erro de lançamento”, explicou. 

No bairro Parque do Sol, além da lama e poeira moradores sofrem com prejuízos financeiros. “Quando chove a enxurrada corre e a gente fica tirando com pá, porque enche de barro. Desmoronou minha calçada, eu tive que fazer tudo de novo, um prejuízo de R$2 mil”, contou o morador Mauro Alexandre.

Os vinhos Agnaldo e Aucilei também sofrem com a falta de asfalto, tanto que estão preparando a mudança para outro bairro. “Direto fura o pneu da bicicleta, nosso único meio de transporte. Quando chove, as pedras saem pra fora e fica mais perigoso ainda. Por isso vamos sair daqui”

O secretário disse que não há planejamento de asfalto na região do Parque do Sol. “Não temos os recursos garantidos, por isso não podemos dar uma previsão de quando chegará o asfalto e drenagem. Temos bairros em situação mais crítica”, afirmou.