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Campo Grande registra a maior inflação do ano e acumulado em 2021 chega a 10%

Grupo de transportes puxou a alta, principalmente, por conta da gasolina

Gasolina liderou as altas na inflação e novembro - Arquivo
Gasolina liderou as altas na inflação e novembro - Arquivo

A inflação de Campo Grande medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro foi de 1,47%, 0,42 ponto percentual acima da taxa de outubro (1,05%). No ano, o índice acumula alta de 10,4% e, em 12 meses, de 12,07%. Em novembro do ano passado, a variação mensal foi de 0,87%. No Brasil, a inflação acelerou para 0,95% em novembro, a maior para o mês desde 2015, quando o índice foi de 1,01%. Com isso, o indicador acumula altas de 9,26% no ano e de 10,74% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,67%).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, sete tiveram alta de preços em novembro, puxada principalmente pelos transportes (4,49%), influenciados pelos preços dos combustíveis, como a gasolina (8,89%). A segunda maior variação veio do grupo Vestuário (2,20%). Outro destaque veio do grupo de Habitação (0,96%). Destacam-se ainda os resultados de Artigos de residência, que variou 1,65%, Despesas Pessoais (0,59%) e Alimentação e bebidas (0,58%). A contribuição negativa veio de Saúde e Cuidados Pessoais (- 0,55%) e Comunicação (-0,08%).

Entre aumentos da gasolina, diesel e etanol, combustíveis têm alta 8,93% em novembro. Os Transportes (4,49%) foram influenciados, principalmente, pela alta nos preços dos combustíveis (8,93%) como a gasolina (8,89%), que contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês. É o sétimo mês consecutivo de
aumento. Com o resultado de novembro, a variação acumulada do combustível nos últimos 12 meses foi de 46,51%.
Além disso, houve altas também nos preços do etanol (12,67%) e do óleo diesel (6,15%).

Ainda em Transportes, destacam-se as altas do transporte por aplicativo (4,81%), em automóveis novos (4,46%) e usados (1,59%) e das motocicletas (2,51%).
Entre as variações negativas, o destaque ficou com as passagens aéreas, que recuaram 3,43%, após as altas de 21,51% em setembro e 25,84% em outubro.

Grupo habitação tem alta puxado pelo gás de botijão

No grupo Habitação (0,96%) destaca-se o aumento do gás de botijão (2,77%), que acumula variação de 43,3% nos últimos 12 meses e variação acumulada de 42,1% no ano. A energia elétrica residencial volta a ter alta de 1,13%, apesar da lei que sancionou a redução de três pontos percentuais no ICMS do consumidor sul-mato-grossense para esse item.

Diferentemente do que foi observado no índice nacional, o grupo Alimentação e bebidas apresentou alta de 0,58% em Campo Grande, enquanto que no Brasil, houve queda de -0,05% neste grupo. Esta alta foi influenciada pelo subgrupo alimentação no domicílio (0,50%) e deve-se, especialmente, a cebola (47,43%) e o açúcar cristal (7,69%).

As frutas (6,50%) também tiveram aumento expressivo, como a melancia (12,86%), a banana-dágua (8,74%) e a laranja-pera (6,67%). Outras contribuições importantes no grupo vieram do café moído (7,01%), da batata-inglesa (5,39%) e do tomate (4,49%). No lado das quedas, houve recuo nos preços do repolho (-16,03%), feijão-carioca (-4,22%) e do arroz (-3,30%).

A alimentação fora do domicílio caiu de 1,60% em outubro para 0,84% em novembro, principalmente por conta da desaceleração dos preços da refeição (0,47%) e do lanche (1,02%), que haviam apresentado variações positivas maiores no mês anterior (1,21% e 2,72% respectivamente).