Veículos de Comunicação

Economia

Três grandes grupos estão interessados na compra da UFN 3, diz ministra

Ministra da Agricultura afirma que esse é o melhor momento para a compra da fábrica de fertilizantes nitrogenados.

Ministra concedeu entrevista ao TVC Agora nesta sexta-feira e falou das novidades. - Leandro Elias/JP
Ministra concedeu entrevista ao TVC Agora nesta sexta-feira e falou das novidades. - Leandro Elias/JP

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse em entrevista exclusiva à TVC HD e a rádio Cultura FM, que existem três grupos empresariais interessados na compra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3) da Petrobras, em Três Lagoas. 

Além da Acron Group, empresa russa, a ministra disse que existem mais dois grandes grupos interessados na compra da UFN3. Os nomes não foram divulgados, mas segundo a ministra um grupo é brasileiro e outro estrangeiro.  Segundo Tereza Cristina, esse é o momento ideal para a compra da fábrica que vai contribuir para redução da importação de fertilizantes. Atualmente, em média, cerca de 85% dos fertilizantes usados no Brasil são importados. A meta do governo federal é reduzir a importação em torno de 60% com o plano que, segundo a ministra, será lançado no começo de 2022. 

No mês passado, a ministra esteve em Moscou, na Rússia, onde se reuniu com autoridades e empresários para tratar sobre o fornecimento de fertilizantes para o Brasil, ocasião em que conversou com representantes da Acron. Tereza disse que o secretário de Assuntos Estratégicos, Almirante Rocha, está na Rússia, e na próxima semana deve trazer mais informações sobre a negociação de venda da UFN 3. “Esse é o momento super propício para a venda da fábrica devido a falta de fertilizantes que existe no mundo, e o Brasil importa muito o produto. E com o plano que vamos lançar no começo do ano, tem muitas pessoas interessadas em investir na produção de fertilizantes. O Brasil é o terceiro maior produtor do mundo e tem toda essa dependência de fora”, disse a ministra.

Ainda durante a entrevista a ministra falou também sobre a produção de grãos que mostra que o Brasil pode bater 291,1 milhões de toneladas na safra 2021/22.  De acordo com a ministra, mesmo durante a pandemia e de um ano tão difícil para a economia, o setor continuou produzindo e abastecendo o Brasil.