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Corte No Orçamento

Operação de auditores-fiscais da Receita causa lentidão na alfândega de Ponta Porã

Demora na fiscalização de mercadorias ocorre em razão de análise mais detalhada dos produtos

Demora na fiscalização de mercadorias ocorre em razão de análise mais detalhada dos produtos. - Foto: Sindifisco Nacional MS
Demora na fiscalização de mercadorias ocorre em razão de análise mais detalhada dos produtos. - Foto: Sindifisco Nacional MS

A operação padrão dos auditores-fiscais da Receita Federal começou a provocar filas na alfândega de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. A lentidão no desembaraço de mercadorias exportadas e importadas ocorre em razão da verificação mais detalhada dos produtos e análise redobrada da documentação.

Além de Ponta Porã, a operação também ocorre aduanas de Corumbá e Mundo Novo. A operação é uma das ações determinadas pelo Sindifisco Nacional como protesto contra o corte de R$ 1,2 bilhão do orçamento da Receita Federal para 2022 e do não cumprimento pelo governo federal de acordo para pagamento do bônus de produtividade da categoria.

Nesta segunda-feira (27), houve uma reunião entre a administração da Receita Federal e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. "Ele considerou importantes as pautas defendidas pela classe, disse que realmente havia um acordo com o governo para a regulamentação do bônus, mas que o impasse orçamentário impediu o seu cumprimento. Apesar dessa boa vontade, nada de concreto foi apresentado, nenhum compromisso ou previsão de data estabelecidos, apontando que a tomada de decisão depende do ministro da Economia, Paulo Guedes, ou do presidente Jair Bolsonaro. Diante disso, o movimento prossegue", apontou o presidente do Sindifisco Nacional em Mato Grosso do Sul, Anderson Novaes.

Novaes comentou que apesar da fila já formada em Ponta Porã, a tendência é que a situação se agrave a partir da próxima semana e em todas as unidades alfandegárias. "As exportações e importações diminuem neste período de fim de ano, tanto que temos parte dos servidores da Receita em recesso. Mas na próxima semana, esse movimento cresce. Então, a tendência é que a lentidão aumente com a fiscalização mais rigorosa, provocando aumento das filas".

O presidente do Sindifisco Nacional MS lembrou ainda que operação padrão será aplicada a todos os tipos de mercadorias, exceto, aos medicamentos, insumos médico-hospitalares, cargas vivas e perecíveis.                               

Além da operação padrão, desde segunda-feira (20), auditores-fiscais que ocupavam funções de chefia nas unidades da Receita no estado e em todo o país entregaram os cargos.

No Estado, 19 chefias pediram exoneração, incluindo os delegados e delegados-adjuntos das aduanas de Corumbá, Ponta Porã e Mundo Novo e da unidade de Campo Grande.

Entre as outras ações aprovadas na assembleia nacional e ratificadas na estadual está a implementação da chamada meta "zero" para todos os setores e atividades, de modo que fiscalizações fiquem sem resultado e encerramento.

Também ocorre paralisação de todos os projetos do plano operacional da Receita e deixarão de ser preenchidos os relatórios de atividades.

(Com informações da assessoria)