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Homicídio

Mais dois suspeitos são presos por execução de trabalhador no Ipacaraí

Executor do crime está foragido após efetuar 17 disparos contra vítima.

Homem foi morto com 17 tiros em ponto de ônibus. - Alfredo Neto/JPNews
Homem foi morto com 17 tiros em ponto de ônibus. - Alfredo Neto/JPNews

Duas pessoas foram presas nesta, terça-feira (11), pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil suspeitas de envolvimento na morte do trabalhador Francisco Guitemberg, de 61 anos. O crime ocorreu no bairro Iparacaraí, em Três Lagoas, no dia 21 de dezembro de 2021, quando a vítima aguardava o ônibus para ir trabalhar.

Ele foi atingido por 17 disparos e até o momento seis pessoas estão presas temporariamente pela execução. De acordo com o delegado titular do SIG, Ailton Pereira, dois mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça.

Uma mulher de 45 anos e, um homem, de 28, seriam os responsáveis pelo apoio logístico no crime. A polícia informou que eles forneceram e ocultaram a arma de fogo utilizada para matar a vítima. O primeiro mandado de busca e prisão temporária de 30 dias, expedido pelo Justiça local, foi cumprido no bairro Bela Vista, na rua Goiás, onde o homem foi encontrado. Foi constatado que ele alugou a arma de fogo tipo pistola, pelo valor de R$1,2 mil. Durante as buscas, os policiais checaram que o suspeito já estava em situação de flagrante pela prática de crime de estelionato, uma vez que foi constatada fraude no medidor de energia. Também por maus-tratos a animal silvestre em extinção. Isso porque na casa, a equipe policial encontrou um papagaio, que acabou resgatado pela Polícia Militar Ambiental (PMA).

Já o segundo mandando de prisão ocorreu em um assentamento que fica nos fundos do bairro Guanabara, no local conhecido por invasão. Lá a mulher foi presa após as investigações apontarem que ela mesma ajudou a esconder a pistola para que a polícia não a localizasse, bem como ajudou a intermediar a negociação de aluguel da arma. “Vale ressaltar que a mesma já tinha sido intimada para prestar depoimento em data anterior e omitiu informações que pudessem esclarecer os fatos”, disse o delegado.

A pistola usada no homicídio não foi encontrada pela polícia. “Os investigados já temiam ser alcançados e presos pela polícia, sendo que diligâncias prosseguem nesse sentido”.

O suspeito de ser o executor do crime e sétimo integrante do grupo está foragido. Foi expedido pela Justiça um mandado de prisão contra ele. Segundo o delegado, o executor seria parente de outros cinco que estão presos.

MOTIVAÇÃO

A principal motivação do crime, segundo a Polícia Civil, foi vingança. Isso porque Francisco foi acusado por uma mulher, de 41 anos, de violência sexual. Tios e sobrinhos teriam ficado revoltado com a situação e "fizeram justiça com as próprias mãos", segundo o delegado.

A mulher, que alega supostamente ter sofrido violência sexual por Francisco, foi vista no local por testemunhas minutos depois da execução e antes dos policiais chegarem. Conforme as investigações, ela mora na mesma rua da vítima. A mulher sustenta que Francisco teria invadido a casa dela em uma madrugada, após retornar do trabalho, e a violentou sexualmente. As outras pessoas envolvidas com o homicídio teriam visto este fato e passaram a fazer ameaças contra Guitemberg.

No entanto, Guitemberg não registrou nenhum boletim de ocorrência.

PRISÕES

Entre os presos está a mulher, de 41 anos, que teria, supostamente, acusado Francisco Guitemberg de violência sexual. Os outros envolvidos são tios e sobrinhos, um homem de 25 anos e mais duas, que possuem 30 e 28 anos. 

Os quatro presos possuem passagens pela polícia por violência doméstica e agressão. A vítima do homicídio não tinha nenhum registro.

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