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Transporte fluvial retorna no Rio Paraguai após nível aumentar

Índice de 21% é maior do que o registrado no mesmo período do ano passado

Porto Gregório Curvo em Ladário, por exemplo movimentou de janeiro a novembro 1,8 milhões de toneladas no comparativo com 2020 - Foto: Portal MS
Porto Gregório Curvo em Ladário, por exemplo movimentou de janeiro a novembro 1,8 milhões de toneladas no comparativo com 2020 - Foto: Portal MS

O estado divulgou nesta terça-feira (18), que o Rio Paraguai está em condições adequadas para retomar navegabilidade. Conforme levantamento realizado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), a parte da bacia situada em Ladário já registra régua de medição em 107 centímetros, índice 21,5% maior que no mesmo período do ano passado, que estava em 88 cm.

Mesmo abaixo da média histórica, na região de Porto Murtinho, a estação apontou que o rio Paraguai está em 187 centímetros ou 7,4% acima do nível registrado em 18 de janeiro de 2021.

A retomada da navegação pela hidrovia foi divulgada através da  Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). 

“A hidrovia é um eixo logístico de peso para o transporte de mercadorias do Estado. Por isso a importância da retomada da navegabilidade. O Governo teve a missão de transformar a hidrovia como um eixo logístico primordial para Mato Grosso do Sul. Esse era um ponto extremamente importante”, enfatizou, o secretário Jaime Verruck, ao lembrar que a hidrovia do país vizinho permite a conexão tanto com o Paraguai, Argentina, quanto com a Bolívia.

Verruck pontuou que quando se fala em exportação pela hidrovia, é imprescindível salientar a importância dos terminais. “Estamos falando de terminais portuários e da necessidade que nós temos de todo o sistema da estrutura de barcaças. Isso é fundamental. O que nós observamos nos últimos dois anos foi primeiro a paralisação da hidrovia em função de uma seca histórica”, lembrou.

A soja e o minério de ferro são destaques da balança comercial, liderando um crescimento muito forte das exportações. “Isso criou uma pressão nas rodovias, principalmente caminhões de minério se deslocando a partir de Corumbá pela BR-262 até o estado de São Paulo. Então isso trouxe aumento no nível de acidentes e deterioração do leito rodoviário. Essa era uma preocupação”, admitiu.

Apesar da queda na navegação pela hidrovia, Verruck destacou que as instalações portuárias do Centro-Oeste apresentaram no ano passado uma forte movimentação. No caso específico do Porto Gregório Curvo e do terminal granel química em Mato Grosso do Sul, ambos foram destaque em aumento da produção.

O Porto Gregório Curvo em Ladário, por exemplo movimentou de janeiro a novembro 1,8 milhões de toneladas no comparativo com 2020. Já o Terminal Granel Química de Ladário foi responsável pelo transporte de 979 mil toneladas, um crescimento de 164,61% em relação ao mesmo período do ano anterior.