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GCM confirma greve durante manifestação na Capital

Município deve divulgar nesta semana, decreto com 1.029 guardas aptos à promoção

Trabalhadores e familiares durante passeata na Avenida Afonso Pena nesta segunda-feira (31) - Foto: Arquivo pessoal
Trabalhadores e familiares durante passeata na Avenida Afonso Pena nesta segunda-feira (31) - Foto: Arquivo pessoal

Cerca de 300 trabalhadores da Guarda Civil Metropolitana (GCM), se reuniram com cartazes e faixas de protesto na Praça do Rádio Clube nesta segunda-feira (31), reivindicando a efetivação de alguns servidores e aumento no vale alimentação para a categoria. Segundo o secretário municipal de Gestão, Agenor Matiello, o município já enviou uma relação da quantidade de guardas civis metropolitanos que estão aptos para a promoção, com 1.029 trabalhadores.

“O decreto oficial com os promovidos, deve sair no prazo de 72 horas. Na lista, estão aproximadamente 1.029 guardas, porém devemos esperar a atualização, contestação e argumentação do processo, para depois divulgarmos os nomes e quantidade exata”, explicou.  

Durante manifestação, diversos trabalhadores estiveram acompanhados dos filhos e esposas. O ato iniciou que iniciou em frente à Praça do Rádio Clube com destino à prefeitura de Campo Grande, contou com o monitoramento da Polícia Militar.

Conforme Marcio Almeida, advogado do Sindicato dos Guardas Civis Municipais da Capital, a greve anunciada na semana passada pela categoria, deve contar com adesão de 30% dos trabalhadores. “A greve será oficializada no diário do município nesta terça-feira (1), e a paralisação vai acontecer na quinta (3). Não tivemos nenhuma resposta do executivo em relação à pauta proposta pela categoria. Não houve a concessão de promoção vertical no edital do município. O que divulgaram, foi um ato preparatório, ou seja, aqueles que são aptos a receberem a promoção, mas sem o nome dos guardas”, explicou.

Na última quinta-feira (27), os trabalhadores se reuniram com o Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Campo Grande para discutir melhorias à categoria. Entre as reivindicações estão, o reajuste no vale-alimentação de 56%, com valor atual de R$ 294,00 e a promoção de diversos trabalhadores. Alguns servidores alegam que foram perseguidos pela Secretaria Municipal de Segurança Pública, sendo obrigados a trabalharem diagnosticados com covid-19. 

“Se você se opor ao secretário, ele te persegue. Se o guarda apresentar atestado de covid-19, acaba perdendo o vale alimentação, os benefícios e ainda tem que repor aquele dia ‘perdido’. Muitos fazem bico, mas outros não, e esse auxílio faz falta”, explicou.   

O advogado alega que a situação relatada pelo guarda ainda não foi oficializada. “Quando recebemos denúncia, tomamos providência junto à assessoria jurídica nas questões funcionais, embora há grupos de WhatsApp alegando esse problema. O sindicato formula ações judiciais para tentar resolver a situação. Exemplo disso é a questão da fotografia, que eles determinam que os guardas fotografarem o local de trabalho. Já impugnamos isso na via administrativa e aguardamos retorno”, destacou. Atualmente a GCM tem mais de 1 mil profissionais da segurança pública atuando na Capital.