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CBN Campo Grande

Mesmo com promoção de 1.060 profissionais GCM pode aderir à greve

Última assembleia da categoria para definir sobre paralisação será realizada nesta terça-feira (8)

A prefeitura de Campo Grande divulgou nesta segunda-feira (7), que deve efetivar cerca de 1.060 servidores da Guarda Civil Metropolitana (GCM). A categoria se reuniu com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, para tentar um acordo, que vise o aumento do vale-alimentação atual de R$ 294 para R$ 900, além da efetivação de parte dos profissionais. Conforme Hudson Bonfim, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande (SINDGM/CG), o município estipulou um prazo de sete dias para que as negociações fossem feitas e sem resposta sobre a reivindicações, a greve ainda pode ocorrer.

“Vamos nos reunir novamente com a categoria em assembleia geral para debater se haverá greve ou não. A cada três anos o guarda tem que ascender na carreira. Tem uma porcentagem mínima para isso acontecer, então o município pegou e efetivou aqueles que estão aptos à promoção. A ascensão aumenta em 20% no salário base. Um guarda que trabalha 24 horas, precisa fazer quatro refeições diárias, uma refeição não sai por menos de 20 reais, o que dá R$ 80 por dia, sendo que o vale alimentação é de apenas R$ 294,00 mensal. Cerca de 520 guardas-civis já concordaram em aderir à greve, e podemos chegar a 700”, explicou o representante.

Na quinta-feira (27), os trabalhadores se reuniram com o Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Campo Grande para discutir melhorias à categoria. Alguns servidores alegam que foram perseguidos pela Secretaria Municipal de Segurança Pública, sendo obrigados a trabalharem diagnosticados com covid-19. 

“Se você se opor ao secretário, ele te persegue. Se o guarda apresentar atestado de covid-19, acaba perdendo o vale alimentação, os benefícios e ainda tem que repor aquele dia ‘perdido’. Muitos fazem bico, mas outros não, e esse auxílio faz falta”, explicou um dos guardas que atua na GCM e que por segurança, preferiu não se identificar.    

O advogado Marcio Almeida, que atua no sindicato alega que a situação relatada pelo guarda ainda não foi oficializada. “Quando recebemos denúncia, tomamos providência junto à assessoria jurídica nas questões funcionais, embora há grupos de WhatsApp alegando esse problema. O sindicato formula ações judiciais para tentar resolver a situação. Já impugnamos isso na via administrativa e aguardamos retorno”, destacou.

Em contato com a prefeitura municipal de Campo Grande, não obtivemos resposta sobre o andamento das negociações, e/ou se o município vai atender às reivindicações da classe.