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Inflação oficial chega a 11% em 12 meses na Capital

Alimentação teve maior peso no índice no mês e janeiro no orçamento

Custo dos alimentos principalmente de carnes pessou sobre a inflação - Arquivo
Custo dos alimentos principalmente de carnes pessou sobre a inflação - Arquivo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, em Campo Grande, foi de 0,62%, 0,15 ponto 
percentual (p.p.) acima da taxa de 0,47% de dezembro. Foi a maior variação para um mês de janeiro desde 2020 (0,53% em janeiro de 2021), quando o cálculo do índice foi atualizado a partir da Pesquisa de Orçamento Familiar 2018 (POF). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 11,02%, acima dos 10,38% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a variação mensal foi de 0,53% em Campo Grande.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, todos tiveram alta de preços em janeiro. A maior variação veio de Vestuário (1,38%). Na sequência, vieram Artigos de Residência (1,17%) e Alimentação e bebidas (0,90%), grupo este que contribuiu com o maior impacto no índice do mês (0,195 p.p.). Além disso, destacam se as variações de Habitação (0,69%) e Transportes (0,35%), que tiveram impacto de 0,10 p.p. e 0,08 p.p. respectivamente. O grupo Despesas pessoais teve alta de 0,52%. Os demais ficaram entre os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,18%), Educação (0,29%) e Comunicação (0,65%).

O grupo Alimentação e bebidas (0,90%) teve o maior impacto no índice em janeiro, e a alimentação no domicílio passou de 0,53% em dezembro para 0,96% em janeiro. Os principais destaques foram a batata-inglesa (18,03%), a cebola (7,20%), o feijão-carioca (5,25%) e as carnes (1,83%). Além disso, os preços do café moído (2,87%) subiram pelo 13º mês consecutivo (desde janeiro de 2021), acumulando alta de 64,73% nos últimos 12 meses. No lado das quedas, houve recuos nos preços da melancia (-7,18%), alho (-3,55%), carne de porco (-2,71%), queijo (-2,47%) e do frango em pedaços (-1,28%).

A alimentação fora do domicílio (0,68%), também acelerou em relação ao mês anterior (0,59%). A refeição passou de 1,08% em dezembro para 0,29% em janeiro, enquanto o lanche passou de -0,34% em dezembro para 0,75% em janeiro.