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Cinco acusados da morte de Alisson vão a júri nesta semana, em Três Lagoas

Nove pessoas foram acusadas pela morte do jovem em fevereiro de 2018, entre elas, duas mulheres já foram condenadas pelo crime

O jovem foi torturado, degolado e seu o corpo foi encontrado três dias depois, às margens da BR-1 58 - Divulgação
O jovem foi torturado, degolado e seu o corpo foi encontrado três dias depois, às margens da BR-1 58 - Divulgação

Na próxima quarta-feira (16) enfrentam o banco dos réus Lucas de Souza Menino, Michael Alves Martins, Vilmar Afonso dos Santos, Diego dos Anjos Sirahata e Rogério Costa Sales de Oliveira. Todos são acusados da morte de Alisson de Souza dos Santos, de 23 anos, assassinado no dia 27 de fevereiro de 2018. O  corpo foi encontrado em uma propriedade rural às margens da BR-158, em Três Lagoas.

Na época, as investigações policiais concluíram que a morte do jovem foi resultado do chamado “Tribunal do Crime”, que é articulado por uma facção criminosa que opera dentro e fora dos presídios.

Na época, o delegado regional de Polícia Civil de Três Lagoas, declarou que Alisson foi marcado para morrer por, suspostamente ter estuprado e até se envolvido emocionalmente com a menina de 11 anos. 

Alisson era casado quando se relacionou com a menor. Os dois eram vizinhos e tiveram um caso amoroso. A descoberta por parte da mãe da menina teria sido o estopim para a revolta que resultou na morte de Alisson.

O jovem foi sequestrado na frente da esposa e levado para uma casa na Vila Carioca,  depois foi degolado e despejado na propriedade rural onde seu corpo foi encontrado três dias depois. Ainda de acordo com as investigações policiais, teria sido a mãe da adolescente que pediu a conhecidos, ligados à facção, que matassem Alisson. O grupo composto por nove pessoas foi até a casa do jovem que, na época, tinha 24 anos, sequestrou, torturou, em seguida, o degolaram.

O crime repercutiu muito em Três Lagoas pelo tamanho da crueldade. O grupo também foi responsabilizado por ameaças e tortura a moradores que tinham dívidas com o tráfico de drogas. Em uma das ações do grupo, os integrantes atearam fogo na mão de uma mulher, que também havia sido marcada para morrer, mas depois foi perdoada.  

No mês passado as quatro mulheres envolvidas no crime foram julgadas, sendo que duas foram absolvidas e outras duas condenadas por homicídio duplamente qualificado e por integrarem organização criminosa. Cada uma irá cumprir a pena em regime fechado.