Veículos de Comunicação

Campo Grande

ACP faz ajustes em proposta de prefeitura e prevê paralisação caso não seja atendida

Projeto com alterações deve ser entregue na próxima segunda-feira ao município, segundo sindicato

Em assembleia geral, profissionais da educação fizeram mudanças na proposta do município e aguardam posicionamento - Foto: Arquivo/ACP
Em assembleia geral, profissionais da educação fizeram mudanças na proposta do município e aguardam posicionamento - Foto: Arquivo/ACP

O Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública está projetando para a próxima sexta-feira (11) uma paralisação dos professores, caso a prefeitura não cumpra com o que está pedindo a categoria. A decisão veio após uma assembleia geral ontem (04) na sede da ACP, onde foi votada a proposta do município para os profissionais. O projeto de Marquinhos Trad não foi rejeitado, mas preciso ser reajustado, segundo o presidente do sindicato, Lucilio Nobre.

“Nós não rejeitamos a proposta do prefeito, mas a maneira como está descrita não traz segurança jurídica, porque ele condiciona a Lei de Responsabilidade Fiscal e não é reajuste, é uma reposição dos percentuais apresentados pelo governo federal e que está diretamente ligado a nossa lei, que contempla a correção anual. O outro ponto é que não está previsto no texto a correção do piso anual, ou seja, esses 67% que ele anunciou até 2024 contempla os percentuais, porém, nos anos de 2023 e 2024 terão outras correções do piso. Então, precisamos colocar dentro do texto essa garantia da correção.”, disse o representando da ACP.

Na proposta da gestão municipal, o reajuste de 67% seria dividido da seguinte forma: 20,45% ainda em 2022 e 11,67% em maio e 11,67% em outubro de 2023 e 11,67% em maio e 11,67% em outubro de 2024.

A proposta com os ajustes do sindicato deve ser entregue na próxima segunda-feira (07) à prefeitura de Campo Grande.

Caso o município não responda ao pedido dos profissionais da educação mesmo com a paralização, uma nova assembleia vai ser realizada para decidir quais serão os próximos passos.

Se a prefeitura aprovar a proposta até quarta-feira (09) com os ajustes, um projeto deve ser enviado para a Câmara dos Vereadores e assim que aprovado seguir para sanção do prefeito.

Relembre a discussão 

Os educadores pedem o cumprimento da lei municipal 5.411 e a aplicação da correção anual de 33,24% ainda em 2022, em que o salário atual de R$ 2.117 iria para R$ 2.884. Eles também solicitaram um cronograma para integralização total do Piso Nacional do Magistério ao Piso de 20 horas da Reme.

A prefeitura ofereceu nas últimas semanas um reajuste parcelado até 2023, mas os professores recusaram e pediram que esse reajuste fosse feito ainda esse ano.

Na última quarta-feira (02), a prefeitura enviou uma nova proposta e essa recebeu as últimas mudanças dos profissionais da educação.