Em sua única fala pública sobre a prisão do vereador Nelo José da Silva (PSDB), na última segunda-feira (14), acusado de abusar da neta de 9 anos, o prefeito Maycol Queiroz (PDT), disse “ser uma coisa muito chata a notícia, se for verdade”.
O chefe do executivo municipal disse aguardar decisão da justiça “para não cometer injustiça com ninguém”, pois “ainda não sabe dos fatos”.
“Vamos aguardar os próximos episódios para gente dar uma palavra concreta, para não cometermos injustiça com ninguém”, falou.
Acompanhe:
O Caso
O vereador Nelo José da Silva “Missionário Nelo” (PSDB), 64 anos, foi preso na segunda-feira (14), suspeito de abusar da neta de apenas 9 anos. Os abusos aconteciam desde setembro de 2021, segundo investigação. O parlamentar foi preso preventivamente pela Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Paranaíba.
Segundo a Polícia Civil, em depoimento a criança contou detalhes de como os abusos ocorreram enquanto estava com o avô. Um vídeo gravado pela própria criança também apreendido pelos agentes, nele é possível ver um homem apalpando o corpo da criança.
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Ainda no depoimento, a criança relatou que contou a esposa do vereador sobre os constantes abusos sofridos, porém, a mulher não procurou as autoridades para denunciar o caso.
Após a DAM ouvir testemunhas do caso e diligências preliminares, a Delegada Titular Eva Maira Cogo representou pela prisão de Nelo José da Silva.
A prisão do vereador foi decretada pelo Poder Judiciário de Paranaíba, após manifestação favorável do Ministério Público.
Nelo José da Silva (PSDB) “Missionário Nelo” foi o terceiro candidato mais votado nas eleições municipais de 2020. O parlamentar foi reeleito após receber 601 votos para exercer por mais quatro anos o cargo de vereador.
O vereador também presidiu a Câmara de Vereadores da cidade no biênio 2019-2020.
A defesa do parlamentar foi procurada pela redação na terça-feira (15), e disse que não iria comentar o caso ainda, pois, não teria tido acesso ao mandado de prisão.
Crime
Dos Crimes Sexuais Contra Vulnerável, no artigo 217-A, conforme criado pela Lei 12.015/2009, veda a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, sob pena de reclusão de 8 a 15 anos.
