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Rompimento?

Lidio Lopes promete "pensar no partido" caso prefeito não renuncie

Líder do partido da vice-prefeita, e também marido dela, o deputado diz que sigla pode seguir novos rumos se Marquinhos não for candidato

O destino do Patriota em Mato Grosso do Sul depende da renúncia ou continuidade de Marquinhos Trad (PSD) à frente da prefeitura de Campo Grande. A vice do irmão do meio do clã mais famoso da política regional é filiada a sigla e espera até o fim da semana para saber se vai mesmo assumir o comando da cidade ou seguirá como ponto de apoio.

Seu marido, Lidio Lopes, é deputado estadual e líder da legenda no Estado. À reportagem da CBN Campo Grande, ele revelou segunda-feira (28) durante o lançamento do Bioparque Pantanal que ainda não houve nenhuma confirmação sobre a renúncia e ele aguarda uma definição de Trad.

Além disso, Lidio diz que faz parte do grupo que pretende apoiar Marquinhos nas eleições para o governo sul-mato-grossense em outubro, mas caso não ocorra a renúncia, ele vai "pensar no partido" e buscar outros projetos, que não necessariamente sejam os mesmos que o atual prefeito de Campo Grande escolha apoiar se permanecer no cargo.

"Tenho um partido para tocar, tenho que pensar nele", frisa Lidio, que posteriormente se esquivou ao ser questionado sobre um possível acordo com Marquinhos para que a atual equipe fique pelo menos até o fim do ano nos cargos. Conforme apurado pela reportagem, Adriane, se prefeita, terá liberdade para montar a própria equipe a partir de 2023.

A situação já estaria, inclusive, gerando brincadeiras no meio político. Na saída do Bioparque, integrante da equipe do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) chegou a dizer que precisava discutir sobre investimentos na prefeitura após a saída de Marquinhos.

Há cerca de um mês, Dagoberto revelou mágoa com o atual prefeito pois indicou diversos repasses federais para Campo Grande, mas acordos feitos sobre o uso da verba e, possivelmente, sobre espaços na gestão municipal, não foram cumpridos pelo mandatário.