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Monitoramento

PF percorre rio Sucuriú para investigar mortes de peixes em Três Lagoas

Professores da UFMS e a PMA acompanham o trabalho de monitoramento, nesta quinta-feira (2)

Professores da UFMS e a PMA acompanham o trabalho de monitoramento, nesta quinta-feira (2). - Reprodução/TVC
Professores da UFMS e a PMA acompanham o trabalho de monitoramento, nesta quinta-feira (2). - Reprodução/TVC

A Polícia Federal iniciou, nesta quinta-feira (2), a investigação sobre a morte de mais de mil peixes, no rio Suruciú, em Três Lagoas. Agentes federais e professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) estão percorrendo trechos do rio para verificar se ainda há registro de mortandade.

De acordo com informações obtidas pelo JPNews, a investigação teria sido determinada pelo Instituto Nacional de Meio Ambiente (Ibama). Uma equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA) também acompanha os trabalhos de monitoramento no rio Sucuriú.

“O fato ocorreu há vários duas e, infelizmente, naquele momento não foi possível fazer a checagem. E, agora, dificulta sim o diagnóstico. Então hoje vamos fazer uma visita técnica e verificar às margens do rio para ver se tem algum foco de contaminação. O que mais intriga é que somente uma espécie de peixe foi alvo da mortandade que é o “Piau-banana”. Essa espécie tem uma alimentação especifica e pode ter consumido algo que foi depositado no rio e desencadeou a mortandade. Isso são hipóteses é preciso verificar in loco e a análise do material, que já não temos mais. Importante estar aqui nesse momento para tentar identificar”, argumentou o ictiólogo e professor da UFMS, Fernando Carvalho.

Grupo é formado por policiais federais, policiais ambientais e professores da UFMS de Três Lagoas. Foto: Reprodução/TVC

Entenda o caso

A situação foi registrada no mês de janeiro e durante os quais dois meses a situação tem rendido muitas especulações sobre possibilidades, mas sem laudos oficiais revelando a causa que teria provocado a mortandade na região. Proprietários de ranchos se assustaram com o fato e dizem nunca terem visto algo parecido. 

Entre as supostas causas, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) apontou que pode estar ligada a procedimentos de hidrelétricas no rio Tietê no estado de São Paulo. Por meio de nota, o órgão estadual diz que essas ações podem ter gerado o acúmulo de macrófitas (algas aquáticas) no ponto de captação de água e contribuído para a falta de oxigenação, provocando a mortandade. 

Há informações de que uma das usinas hidrelétricas, no rio Tietê, teriam realizado um procedimento de limpeza e, a água, possivelmente contaminada, teria descido para o rio Paraná, que desaguou no rio Sucuriú, onde o cardume foi encontrado morto.

Outro lado

A equipe de reportagem entrou em contato com as assessorias dos órgãos envolvidos, mas desde o mês de janeiro nem o Ibama e o Imasul, deram retorno sobre a questão. A reportagem também entrou em contato com a Polícia Federal e não houve retorno.