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Demanda Reprimida

Por meio do SUS, Opera MS realizará 2,6 mil cirurgias e procedimentos eletivos

Em média, 50 cirurgias eletivas são realizadas semanalmente no Hospital Auxiliadora e fila deve zerar até outubro

Zerar fila > Meta é concluir todos exames e cirurgias eletivas até outubro - Divulgação
Zerar fila > Meta é concluir todos exames e cirurgias eletivas até outubro - Divulgação

O Sistema Único de Saúde (SUS) atravé do Projeto Opera MS, deve zerar a demanda reprimida de cirurgias eletivas em Três Lagoas. O município assumiu o compromisso de realizar 2.699 exames e cirurgias eletivas até outubro deste ano no Hospital Auxiliadora. Até o momento, foram realizadas aproximadamente 200 cirurgias.

De acordo com levantamento divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, a maior parte das cirurgias são as de hérnias e exames de tomografia e ressonância. Conforme a titular da pasta, Elaine Fúrio, há uma demanda represada desde 2019, que foi impactada com a pandemia da Covid-19, no ano seguinte. “Temos cirurgias que estão paradas há quase três anos. A maioria são as da especialidade de otorrinolaringologia. Temos realmente uma fila muito grande”, pontua.

O programa Opera MS foi retomado em dezembro, no entanto, em janeiro com outro pico de contaminações do Coronavírus as cirurgias foram novamente suspensas no hospital. “O programa começou efetivamente em fevereiro. Semanalmente, são realizadas, em média, 50 cirurgias, mas o grande gargalo que estamos enfrentando são os pacientes ausentes”, informa.

Segundo a secretária, entre 1º e 10 de abril, 23 dos 50 pacientes agendados não compareceram ao hospital. “Isso prejudica a celeridade do programa e atrapalha quem está na fila aguardando”.

A pasta reforça que um mutirão de agendamento vem sendo feito e há um WhatsApp de tira-dúvidas: (67) 9-9261-9169.

RETOMADA

Além das cirurgias feitas por meio do Opera MS, as demais cirurgias de rotina foram retornadas em sua totalidade no município. “Há ainda uma lista de cirurgias que estão em fase de licitação das especialidades de urologia, como a cirurgia de vasectomia, e de otorrinolaringologia”, conclui.

Trabalhador aguarda por cirurgia de hérnia

O campeiro Itamar Ancilo está afastado da propriedade rural, onde trabalhava, há quase um ano, por conta de uma hérnia na região do abdômen que o forçou a voltar para Três Lagoas em busca de ajuda médica. O trabalhador rural é mais um das centenas de três-lagoenses que aguardam pelo agendamento de alguma cirurgia eletiva por meio do SUS, no município.

Ele conta que a última ida ao Centro de Especialidades Médicas (CEM) foi em 17 de janeiro deste ano, após muitas consultas em unidades de saúde. No dia 24 do mesmo mês o nome dele foi inserido na lista da Central de Regulação da saúde e ele entrou na fila de espera pela cirurgia. “O que dizem é que até maio irão me ligar para agendar. Até lá, continuo sem trabalhar e sem receber. Convivendo com a dor e com a situação de saber que não posso levantar para trabalhar”, lamenta. 

Seu Itamar tem a mobilidade e a locomoção limitadas por conta da hérnia e, por isso, passa o dia sentado ou deitado, que é para evitar inchaço e mais dor. 

OUTRO LADO

A Central de Regulação afirma que os pacientes estão sendo contatados gradativamente e que até o próximo mês a cirurgia do seu Itamar será agendada no Hospital Auxiliadora. 

Laudos > Comprovam necessidade da cirurgia

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