Após rodar grupos de WhatsApp e as páginas de outras redes sociais, ganhando holofote maior ao ser comentado pelo deputado estadual bolsonarista Coronel David (PL), a imagem que mostra um slide com uma suposta aula em que era ensinado a como derrotar o presidente Jair Bolsonaro nas próximas eleições e evitar sua reeleição, será investigada.
"Está tudo sendo encaminhado e sob investigação da corregedoria da universidade. Está sendo apurado se é verdade ou não isso aí", frisa Marcelo Turine, reitor da UFMS e que esteve ao lado do ministro da Educação, Victor Godoy, em evento com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) na manhã desta quinta-feira (28) em Campo Grande.
A foto que roda as redes sociais mostra um slide com um tutorial para quem for ter seu primeiro voto no pleito de outubro. Entitulada "Como derrotar Bolsonaro em 2022", a projeção mostra figuras de um dedo teclando em sinal, número ou letra indefinido na imagem.
O caso, mesmo ainda comprovação de se tratar de um fato ocorrido dentro da UFMS, causou indignação em David, que na terça-feira (26) usou a tribuna da Assembleia Legislativa para reclamar a situação, a qual ele se referiu como uma "vergonha" e merecedora de apuração.
A UFMS já havia recebido a denúncia sobre tal situação através de encaminhamento anônimo à Ouvidoria da universidade. Tudo que ali foi repassado foi colhido e entregue para a Corregedoria, que apura do que se trata. Caso seja comprovado alguma irregularidade, os autores podem ser punidos, sejam professores ou alunos.
"Encaminho requerimento ao ministro da Educação [que estava em Campo Grande, mas não se manifestou sobre o caso] e ao reitor Marcelo Turine para que apurem e haja a devida atençãoa essa questão. Foi antiético e uma agressão à lei eleitoral", disparou o deputado.
Além de David, o pré-candidato ao Governo do Estado e também deputado estadual Capitão Contar (PRTB) foi mais um a reclamar da suposta aula contra Bolsonaro. Contudo, ele usou seus perfis oficiais nas redes sociais para se manifestar sobre a situação.
COM PRESSA
Alegando atraso para seguir para agenda interna com o governador e o ministro da Educação, Turine acabou não respondendo a questionamento da CBN Campo Grande sobre a proibição de que se coma marmitex no refeitório do RU (Restaurante Universitário). Hoje, o local está sob responsabilidade de uma empresa terceirizada e cabe a ela gerenciar o RU.
