Veículos de Comunicação

RCN Agro

RCN Agro em Ação traz especialista em hedge de produtos e cambial

Maurício Belinello vai abordar questões sobre o mercado internacional e promete dar dicas valiosas para entender seu funcionamento

Maurício Belinello vai abordar questões sobre o mercado internacional e promete dar dicas valiosas para entender seu funcionamento - Divulgação
Maurício Belinello vai abordar questões sobre o mercado internacional e promete dar dicas valiosas para entender seu funcionamento - Divulgação

Campo Grande recebe no dia 17 de maio a palestra do consultor no mercado de valores e referência no segmento de commodities, Maurício Belinello. A palestra será a primeira do ano promovida dentro do programa RCN Agro 2022, idealizado pelo Grupo RCN de Comunicação.

Em entrevista à rádio CBN Campo Grande nesta semana, Belinello falou sobre o conteúdo que vai abordar  e destaca que vai trazer conhecimentos acessíveis para que os agricultores saibam como funciona o mercado internacional. “Como você opera contratos futuros, como opera as opções sobre esses contratos futuros, que são os ativos que você consegue negociar em bolsa.  Como faz para travar seu dólar, por exemplo, quais os instrumentos e, principalmente, vou falar um pouco das vantagens de longo prazo, que é a utilização dessas ferramentas para o agricultor médio”, adiantou.

Para o especialista, o agricultor médio brasileiro é um fenômeno da porteira para dentro, conforme define, mas precisa avançar quando o assunto é a comercialização de ativos. “Infelizmente o agricultor médio brasileiro fica muitas vezes “na mão” do mercado. Por não compreenderem de forma plena as mecânicas pelo qual esses ativos que eles vendem no mercado de valores, acabam colocando seus ativos na mão da sorte”. 

O evento

Operando na área há mais de 18 anos, o empresário promete trazer informações valiosas sobre cenário nacional e internacional durante o RCN Agro 2022. O diretor comercial da rádio CBN Campo Grande, Thiago Pires, reforça o convite ao público, principalmente, àqueles que buscam conhecimento para se tornarem experts no assunto e alavancarem os negócios. “O agro hoje é o motor da economia, um setor que cresceu em 2021 mais de 8%, e representa mais de 27% do produto Interno, reforçou o convite aos Brasileiro (PIB). Commodities é uma matéria prima e o mundo precisa do que o Brasil tem. Quando fala de commodities, estamos falando de soja, grãos carne, celulose, e tudo isso tem uma cotação internacional. Como me posiciono na hora de vender, e assim, Brasil está dentro do top 5 de exportações do mundo, então precisamos entender sobre o que a gente vende e vender bem”, pontua.

A palestra com Maurício Belinello acontece no auditório da Famasul, em Campo Grande, no dia 17 de maio, às 19h. As inscrições podem ser feitas através do endereço eletrônico www.cbnemacao.rcn67.com.br.

Confira a íntegra da entrevista com Belinello e fique pode dentro do que vai ser abordado na palestra:

Qual a importância de trazer seu conhecimento para Mato Grosso do Sul ?  
Maurício Eu atuo no mercado desde o ano de 2002 de forma direta, como pessoa física, diretamente com meu patrimônio e, a partir de 2013, principalmente, com atuação junto a outros grupos, de pessoas físicas e jurídicas no mercado de valores. Atualmente tenho grande atuação focada no que chamamos de estratégias de hedge, ou estratégias de defesa de preços no mercado de commodities e no mercado de câmbio brasileiro, mas diretamente com relação ao dólar. “ 

O que são essas estratégias?
Maurício  São estratégias e ferramentas utilizadas no mercado de valores que remontam à metade do século XIX na fundação da CBOT [Chicago Board of Trade], a bolsa de Chicago. É nela onde as commodities do mundo são comercializadas, entre elas, soja, milho, trigo, café e tantas outras que temos no Brasil como fontes de produção, mas que por razões que a razão desconfia tem os instrumentos de defesa de preços que foram criados por agricultores e para agricultores lá na metade do século XIX nos Estados Unidos e, que hoje, os números mais aproximados estimam que entre 80 e 85% de todos os agricultores dos Estados Unidos façam uso de alguma forma dessas ferramentas para defender seus preços, para garantir suas margens. Mas, no Brasil, até por causa de um mercado muito pequeno, os números mais otimistas indicam que não chegamos a 10% dos agricultores fazendo uso desse tipo de ferramenta.

Foi-se o tempo em que as pessoas deveriam se preocupar só com o plantio, olhar só para dentro da fazenda? Esse agricultor, o pecuarista, o produtor, precisa olhar para fora? Precisa entender como funciona o mercado?
Maurício Não tenho dúvida. Eu gosto de lembrar os meus clientes e, também, os meus alunos, que o agricultor, por um acaso, produz soja, milho, trigo ou qualquer outra coisa. Em última instância, o agricultor tem que lembrar que ele produz dinheiro. Ele negocia um ativo que tem interesse comercial junto a outras pessoas, outros grupos brasileiros ou internacionais e que esses grupos também tenham clara percepção de que compram dinheiro, né? Eles compram soja, milho, trigo, mas, em última instância, eles vislumbram margem de lucro de uma forma ou de outra. 

Qual sua avaliação sobre o agricultor brasileiro?
Maurício Então, como eu gosto de lembrar sempre, o agricultor médio brasileiro, é um fenômeno da porteira para dentro, com recordes de produção, de produtividade e de eficiência. Um conhecimento da área produtiva agrícola realmente sem paralelo no mundo, porém, quando o assunto ultrapassa a fronteira das porteiras, ao que chamamos de comercialização desses ativos, infelizmente o agricultor médio brasileiro fica muitas vezes “na mão” do mercado. Por não compreenderem de forma plena as mecânicas pelo qual esses ativos que eles vendem no mercado de valores, acabam colocando seus ativos na mão da sorte. 

Qual tipo de dica você vai trazer nessa palestra que será no dia 17 de maio, em Campo Grande?
Maurício Eu vou trazer de uma forma muito direta, simples e acessível conhecimentos iniciais sobre como funcionam esses mercados. Como você opera contratos futuros, como operar as opções sobre esses contratos futuros, que são os ativos que você consegue negociar em bolsa. Como você faz para travar seu dólar, por exemplo, quais os instrumentos e, principalmente, falar um pouco das vantagens de longo prazo, que é a utilização dessas ferramentas para o agricultor médio. E não só o agricultor, porque no Brasil, também, muitas das entidades compradoras das commodities, da soja, do milho e do trigo, sejam elas cerealistas, cooperativas, desconhecem o uso dessas ferramentas que, literalmente, vêm para ampliar até a lucratividade média do agricultor, mas que por razões que a própria razão desconfia, no Brasil se desconhece de forma total. 

Então, quem quiser participar, vai conhecer um pouco mais das ferramentas das quais aqueles que compram o seu produto fazem uso todo dia, há mais de 100 anos. Por que elas usam e você não? Será que existe alguma coisa nesse meio que falta informação? 
Então, você que nunca ouviu falar, vai ser um prazer poder compartilhar com você.