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Alerta

Três Lagoas deve registrar surto de gripe

Somente 46,6% dos moradores que fazem parte dos grupos de risco foram imunizados

Campanha contra influenza iniciou em 4 de abril - Arquivo/JPNews
Campanha contra influenza iniciou em 4 de abril - Arquivo/JPNews

A baixa cobertura vacinal contra a gripe Influenza já coloca as autoridades de saúde de Três Lagoas em alerta. Até esta quinta-feira (2), somente 46,6% dos moradores que fazem parte dos grupos de risco foram imunizados.

“Estamos aguardando um risco de surto de gripe em Três Lagoas ainda neste ano. Ano passado tivemos em dezembro justamente pela falta de adesão à campanha. Em 2022 provavelmente este surto chegue antes de dezembro. Isso porque o momento de tomar é agora. Antes que o Inverno inicie e os vírus gripais passem a circular com maior força”, alertou a coordenadora do Setor de Imunização, Humberta Azambuja.

Entre os grupos que menos foram vacinados em Três Lagoas estão: puérperas (11%); professores (22,9%); gestantes (30,7%) e crianças (33,5%). O público mais vacinado foi o de trabalhadores da saúde, com uma cobertura de 70%. Ao passo que em todo o país, a adesão foi de 50,1%.

O cenário se repete em todo o país. O alerta é entre os idosos, em que menos de 52% foram vacinados no Brasil e menos de 54% em Três Lagoas. 

A campanha começou em 4 de abril e vacinou simultaneamente as crianças menores de 5 anos contra o sarampo. Em Três Lagoas, a cobertura vacinal foi de 28,66% com a imunização de 2.391 crianças em quase dois meses de ação.

Ainda de acordo com a coordenadora, o motivo da baixa adesão ainda são os mesmos, seja a questão da vacinação contra a Covid-19, que acabou deixando as pessoas desatentas para outras vacinas que já eram de rotina, seja pelo fato do discurso antivacina que se fortaleceu durante a pandemia do novo coronavírus.

“As vacinas são seguras e, principalmente para crianças, são obrigatórias. Além disso, somente com todos imunizados é que conseguiremos controlar doenças em geral, pois são elas as nossas barreiras contra surtos e até mesmo pandemias”, finalizou a coordenadora.