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Editorial

Balaio de gatos

Confira o editorial na edição do Jornal do Povo deste sábado (11)

Confira o editorial na edição do Jornal do Povo deste sábado (11) - Divulgação/
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Os postes da rede de energia elétrica e iluminação pública transformaram-se num emaranhado de fios por conta da abusiva instalação de cabos de internet, os quais concorrem com os de telefonia. Num só olhar, verifica-se que dia após dia empresas de internet se multiplicam na cidade. E, certamente, com o barateamento dos cabos de fibra ótica, vão esticando suas redes, além de sobreporem cabos uns sobre outros. Os postes da rede de energia deveriam se apresentar com os fios que sustem de maneira mais organizada e esteticamente bem esticados, de modo que não causem uma má impressão, que se transforma em poluição visual. Esse bem público com o advento da lei que obrigou prefeituras assumirem a manutenção da rede de iluminação pública das ruas da cidade, obrigando-as manterem em funcionamento as luminárias que se sustentam pelos postes e trocar lâmpadas quando queimam. Criou um ônus para os municípios por conta de uma boa e bem engendrada articulação das distribuidoras de energia junto aos organismos reguladores. Enfim, articularam até se desonerarem desta obrigação, embora recebam pela energia que ilumina as cidades. No caso a Elektro ao transferir essa obrigação decorrente de lei para a municipalidade, esta passou a se preocupar tão somente com a distribuição de energia. Além do mais, impõe ao consumidor uma espera sofrida morosa, quando consumidor requisita a energização do padrão e instalação do relógio medidor de consumo, assim como outros serviços, inclusive, como o de aprovação e vistoria de usinas geradoras de energia solar, que estão sendo instaladas em profusão para atender atividades do comércio e de residências. Vagarosamente cumpre as solicitações de serviços, causando descontentamento, além de atrasar o atendimento ao consumidor. Mas, voltando à questão dos fios de internet nos postes da cidade, não criou como determina a legislação suas regras e nem estabeleceu normas para o uso dos postes da rede de energia. Como se diz na linguagem popular “não estou nem ai” e por conta dessa conduta vai tomando forma uma “cabeça de porco”, expressão muito usada para mostrar quando se está diante de um enorme emaranhado, no caso os fios de internet instalados por empresas privadas, que sequer pagam pelo uso de um bem que está instalado numa via pública. Os vereadores da Câmara Municipal deveriam se debruçar sobre essa questão e criar uma regulamentação juntamente com a Elektro sobre o uso dos postes da rede de energia, de modo que se arrecadasse importância em dinheiro que poderia ser destinada a entidades assistenciais da cidade. Afinal, para se usar a rede de internet com sinal privado, faz-se necessário contratar serviços de empresas particulares com escopo comercial, os quais chegam até o contratante através de uma fiação de fibra ótica instalada em postes da rede de energia elétrica. Se obrigatoriamente ao município foi transferida a obrigação de manter a iluminação pública e conservar luminárias e trocar lâmpadas com os seus recursos, porque não por ordem na instalação desses fios e cobrar pelo uso dos postes?