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'OMS só decretará fim da pandemia da Covid quando não houver mais mortes'

Semestre encerra com mais de 78% da população vacinada contra Covid-19 em Três Lagoas e com mortes em queda

Mundo ainda vive em estado de pandemia - Arquivo/JPNews
Mundo ainda vive em estado de pandemia - Arquivo/JPNews

Há mais de dois anos que o mundo atravessa pelo estado de pandemia da Covid-19. Vacinação, controle de casos, queda de óbitos e de internações: um cenário que retrata como foram entre 2020 e 2022. No entanto, a situação de pandemia ainda é uma realidade. “E será, até que não tenhamos mais nenhuma morte provocada pela Covid-19 no mundo todo, até a Organização Mundial da Saúde manterá vigente o estado de pandemia no mundo”. Esta foi a definição e esclarecimento do médico da família da rede pública de saúde de Três Lagoas, Vínicus Neves.

Segundo o médico, ainda que o momento seja “mais confortável” em relação a um ou dois anos atrás, a pandemia ainda é uma realidade. “Há países que discutem a retomada de medidas mais restritivas, como a China. Há estados no Brasil que discutem o retorno das máscaras. Tudo isso ocorre porque ainda há contaminações e óbitos provocadas pelo Coronavírus”.

VACINAS
Alvo de questionamentos, as vacinas representam ainda o recurso mais plausível para controle de pandemia, de acordo com o médico. “As mesmas vacinas criadas há um ano e meio são as mesmas disponibilizadas até hoje. É a mesmaformulação desenvolvida desde o início e que ainda é ofertada”.

BALANÇO
O semestre fechou com 15,9 mil novos casos de Covid-19 em Três Lagoas com 33 óbitos. Em Mato Grosso do Sul, entre janeiro e junho deste ano, foram registrados 164.652 casos e 879 mortes.
Janeiro e fevereiro foram os meses que mais concentraram casos devido à variante Ômicron que chegou no país. “No entanto, o que observamos é que, por outro lado, a letalidade da Covid-19 diminuiu a medida que a cobertura vacinal foi aumentando”, pondera Neves.

PREVISÃO
O especialista não descarta um novo “boom” de casos de Covid em Três Lagoas nos próximos meses. “Mas acho improvável o lockdown novamente e a retomada da obrigatoiedade das máscaras e a exigência do passaporte da vacina”, avalia.