Veículos de Comunicação

Saúde

Obesidade infantil pode ser a principal causa de diversos problemas de saúde

Futuras gerações poderão sentir os efeitos negativos

Futuras gerações poderão sentir os efeitos negativos - Divulgação/TVC
Futuras gerações poderão sentir os efeitos negativos - Divulgação/TVC

A obesidade infantil pode levar a uma piora significativa na vida de crianças e adolescentes. Isso acontece por que ela pode ser a principal causa de diversos problemas de saúde como câncer, diabetes, hipertensão, colesterol alto e problemas cardiovasculares. 

De acordo com informações do Atlas Mundial da Obesidade, metade da população mundial deverá ter sobrepeso até 2035. No Brasil, a doença poderá atingir mais de 20% das meninas e mais de 30% dos meninos daqui a 12 anos. Estima-se que até um terço da população de crianças e adolescentes tenham que conviver com esta comorbidade no futuro. 

Para a nutricionista Carla Martin, os riscos da obesidade podem impactar de forma negativa esta geração atual e também aquelas que virão no futuro. Ela explica por que este aumento significativo no peso de crianças e adolescentes. “Isso é causado pela má alimentação, pelo acesso fácil aos alimentos industrializados e também pelo sedentarismo devido ao uso excessivo de telas”. 

A psicóloga Gesiane Miyashiro reconhece que a obesidade pode ser causada por questões biológicas e genéticas, entretanto, pode haver ainda algumas questões emocionais, como a ansiedade. “Qualquer mudança de rotina, a sensação de medo e tristeza podem fazer com que as crianças descontem isso na comida. 
Outra característica do comportamento infantil que também precisa ser levada em consideração é a ligação que a criança faz entre a comida e o afeto. “Nossa cultura é de agradar com alimentos. Pais e avós sempre dão doces aos pequenos como forma de carinho”. 

ABORDAGEM

Carla diz que toda a família deve ser conscientizada em relação à alimentação saudável. “É preciso dar preferência aos alimentos frescos e que vêm diretamente da natureza. Outra dica é envolvê-los no processo de preparo destes alimentos, desde a compra até a produção propriamente dita, para que eles escolham o que vão comer e saibam como tudo isso é feito”. 

A psicóloga fala também que o assunto deve ser abordado de forma leve, como forma de orientação e não culpá-los e nem apontar o dedo por causa do sobrepeso. Os pais, assim como abordou a nutricionista, têm um papel fundamental nesse processo. “Eles são os pilares e precisam servir de exemplo. Não adianta eles mandarem comer brócolis se estão sempre comendo hamburguer”. 

Ela destaca ainda a importância da terapia nestes casos. “Nas sessões serão trabalhadas questões emocionais como auto estima, a relação dela com a sua própria imagem. Ela vai aprender a gerenciar o que sente e diferenciar o alimento do afeto”.