Por ser prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) era quem deveria estar à frente das articulações políticas para construção de alianças em favor de sua candidatura à reeleição. Mas não é isso que vê.
O imobilismo da prefeita pode lhe custar caro tanto político quanto eleitoralmente. Ela terceirizou as articulações, deixando para a senadora Tereza Cristina, presidente regional do PP, e o marido, deputado estadual Lídio Lopes, cuidarem das negociações de alianças políticas. Só que Tereza não tem só Campo Grande para cuidar, mesmo sendo a principal prefeitura em disputa. Ela tem outros municípios. Por isso, geralmente o gestor da Capital toma a frente das rédeas das negociações políticas até pelo seu protagonismo na política por estar no comando do maior município de Mato Grosso do Sul.
Mas a prefeita, talvez, por sua inexperiência ficou refém da Tereza Cristina e da proteção política de Lídio Lopes. E quem ganha terreno com essa inércia são os rivais. O ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente regional do PSDB, já está na linha de frente em busca de aliados para o pré-candidato Beto Pereira. O plano dele é montar ampla aliança, não deixando margem para os rivais. E Azambuja não ficou só nas articulações políticas, ele já começou a bombardear a prefeita pelos problemas na cidade. Adriane Lopes ficou sem reação.
A prefeita, no entanto, não está sozinha nesse emaranhado político. O PL é um partido atordoado. É uma agremiação que aposta no peso do nome do ex-presidente Jair Bolsonaro para conquistar a Prefeitura de Campo Grande. O que se nota, porém, é um partido perdido e sem rumo no processo eleitoral. Até agora, os bolsonaristas não conseguiram encontrar um nome consistente para apresentar ao eleitorado campo-grandense. Tem muita conversa e pouca ação. Pode chegar a hora que o partido não conseguirá apoio até dos bolsonaristas de primeira hora por causa dessa indefinição.
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