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Brasil deve usar mercado bovino e suíno como moeda para compra de fertilizantes

Carne bovina é responsável por 18% das exportações do Brasil em 2022

No ano, passado o Brasil exportou ao Canadá quase US$ 19.300,00 mil em carne bovina - Foto: Reprodução Internet
No ano, passado o Brasil exportou ao Canadá quase US$ 19.300,00 mil em carne bovina - Foto: Reprodução Internet

Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mostram que as exportações do agronegócio brasileiro somaram valor recorde em 2021: US$ 120,59 bilhões, aumento de +19%. Neste ano a carne já representa quase 18% de tudo o que foi exportado pelo país. Com a autorização do Canadá para a importação da carne bovina, os números devem aumentar significativamente, principalmente em Mato Grosso do Sul, que também exporta a outros mercados. O consultor de mercado internacional, Aldo Barigosse, afirma que o Brasil deve utilizar a produção das carnes como moeda de troca para viabilizar a compra de fertilizantes.

“Dos 100% que o Brasil produz hoje, 80% em média é mercado doméstico e 20% mercado internacional. A oportunidade de vender para outros mercados, faz com que o produtor de carne bovina ou suína, continue investindo na sua produção e tecnologia com mais qualidade. Se o Canadá vai oferecer fertilizantes para o Brasil, consequentemente Mato Grosso do Sul, estará sendo negociando também a abertura do mercado de carnes, ou seja, eles nos dão o fertilizante e nós fornecemos carne bovina e suína, como outros produtos”, analisa.

Segundo o Ministério da Agricultura, a abertura de mercado pode ultrapassar 200 mercados existentes no segmento. No ano, passado o Brasil exportou ao Canadá US$ 19,3 milhões em carne bovina, um montante considerado pequeno e apenas U$ 1,4 milhão foram exportados por Mato Grosso do Sul. O produtor e empresário Marcelo Monteiro Ikeda, diz que alguns aspectos influenciam em lucros menores ao longo do ano, porém, a parceria com o Canadá vai elevar os níveis de produção e economia.   

“Um dos fatores pé a dieta desses animais, com milho e soja. Muitos produtores acabam não investindo num tratamento diferenciado e o custo do confinamento acaba não fechando. Tendo maior procura do mercado externo para importação do Brasil, além de ter possibilidade de escassez de carne bovina e suína, vai ter uma demanda maior. Mais uma opção de fornecedor para os insumos”, explicou. Ouça a matéria completa no link abaixo: