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Caçada a acusados de assassinar pai e filho entra no 5º dia na fronteira

Dupla de indígenas da região de Coronel Sapucaia são apontados como autores do duplo homicídio em Amambai

Possível arma utilizada no crime - Foto: Divulgação/Polícia Civil
Possível arma utilizada no crime - Foto: Divulgação/Polícia Civil

As forças policiais na região de fronteira estão em alerta máximo na caçada aos acusados de assassinar pai e filho durante roubo em uma propriedade rural na cidade de Amambai.

A caçada faz varredura em toda a faixa de fronteira, mas a tese mais forte é que ambos tenham buscado refúgio em território paraguaio, onde a polícia brasileira já procurou apoio das autoridades policiais do país vizinho.

Os acusados são dois indígenas, sendo um adolescente.

Os dois assaltantes mataram pai e filho na manhã da última sexta-feira (14) em uma fazenda no município de Amambai. Ambos seriam ex-funcionários da propriedade e teriam sido reconhecidos por uma das vítimas.

O fazendeiro Olenir Nunes da Silva, conhecido como ´Nego Silva´, morreu em troca de tiros com os bandidos e o filho dele, Antônio Nunes da Silva, 23, foi executado por ter reconhecido os ex-empregados.

A informação está sendo investigada pelos policiais que participam das buscas aos assassinos.

De acordo com o divulgado até agora, um dos criminosos seria Siguinaldo Gonçalves e o outro teria 16 anos de idade. Ambos seriam moradores da aldeia Taquapiri, localizada no município vizinho de Coronel Sapucaia. Fotos deles circulam em grupos de aplicativo de mensagem.

Surgiram boatos, não confirmados até a manhã desta quarta-feira, 19, de que os dois teriam sido capturados pelas lideranças da aldeia e seriam entregues aos policiais, mas a informação ainda não foi confirmada pela Polícia Civil.

Também há relatos de que os dois foram identificados após denúncia de uma mulher interessada na recompensa de R$ 50 mil oferecida por amigos e familiares das vítimas.Ela teria reconhecido a pistola calibre 7,65 encontrada na caminhonete roubada da fazenda e abandonada após os criminosos se envolverem em acidente durante a fuga. A arma pertencia ao ex-marido dessa mulher e teria sido vendida a um dos assaltantes.

 

Relembre o caso

Na manhã de sexta (14) Antônio chegou à fazenda antes do pai. Quinze minutos depois, Olenir, mais conhecido como Nego, também chegou ao local e saiu da casa para consertar cercas com um funcionário da fazenda. Neste período, os homens encapuzados entraram na propriedade e renderam Antônio, o deixando amarrado no quarto. Após dominarem a vítima, os homens teriam ido em direção à caminhonete Hilux da família, assim como à F-1000 antiga. Olenir estava retornando para a casa e encontrou com os ladrões.

Houve troca de tiros. O produtor rural foi atingido e morreu no local. Antônio foi morto mesmo sem reagir, o que reforça a suspeita de que tenha reconhecido os criminosos. 

A polícia acredita que ambos estão no lado paraguaio da fronteira, provavelmente escondidos em meio a mata, já que há uma intensa busca pelo paradeiro de ambos.