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Camila na corda bamba

Uma corrente do PT não está nenhum pouco empolgado com o desempenho da pré-candidatura da deputada federal para Prefeitura de Campo Grande

O nome da deputada federal Camila Jara não é consenso no PT.
O nome da deputada federal Camila Jara não é consenso no PT.

A deputada federal Camila Jara não é mais consenso no PT. A sua pré-candidatura a prefeita de Campo Grande pode naufragar com a retirada do apoio de influentes caciques petistas. Eles defendem abertamente aliança com União Brasil para defender a candidatura de Rose Modesto, superintendente da Sudeco. Isso abriu racha no partido e a decisão sobre concorrer à prefeitura ficará com a direção nacional do PT.

O deputado estadual e ex-governador Zeca do PT, considerou precipitado o lançamento da Camila para disputar a prefeitura. O deputado federal Vander Loubet sinaliza apoio a Rose pensando na construção de um palanque para a reeleição do presidente Lula, em 2026. Vander, no entanto, disse que ainda não houve conversa com Rose sobre aliança do PT com o União Brasil.

Para Vander, tudo vai depender da vontade de Rose. Ela vai ter que procurar o PT para manifestar a sua intenção de querer aliança. E se isso acontecer, o deputado federal vê grande chance dessa parceria ser concretizada.

Vander vê em Camila um grande quadro político. Mas em ano eleitoral, Vander defende que a ideia é ampliar o campo de apoio à reeleição de Lula. "É importante a gente sair da nossa bolha do PT", declarou.
Agora que é o ano eleitoral, o que define a candidatura própria ou não é o encontro e a convenção do partido. Se tiver proposta de aliança, é natural que o partido avalie e aceite ou rejeite a aliança. Mas as movimentações de Vander e Zeca não encontram respaldo dos petistas mais radicais. Eles avaliam que Zeca e Vander estão marcando gol contra. 

"Eu acho que a Rose avalia que o seu partido precisa de uma estrutura de governo para dar respaldo e musculatura ao projeto dela. Do município ela não vai ter, porque a Adriane (Lopes) é pré-candidata à reeleição. Do Estado, idem, porque eles devem lançar o Beto Pereira. O que estaria mais próximo da realidade e da possibilidade é o Governo Federal, já que ela está dentro do governo, tem um dos cargos de maior prestígio do Centro-Oeste", analisou Vander.

Ainda em relação à Rose, em primeiro lugar, para fazer qualquer tipo de proposta de aliança, Vander defende que ela assuma a defesa do governo Lula. "Eu acho que não é difícil, porque ela está dentro do governo. Segundo, ela tem que querer discutir conosco um programa de governo onde as bandeiras do PT possam estar contempladas, principalmente na questão da inclusão social, da agricultura familiar, da educação", comentou.

Enfim, até a convenção do partido, Vander disse que os petistas têm de estar abertos para avaliar o quadro. "Se tiver propostas de aliança, o PT não pode fazer que nem avestruz, botar a cabeça no buraco e não discutir ou não debater essas propostas com a nossa militância. É isso que eu defendo e é esse o debate que temos colocado", declarou.

Confira na íntegra: