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Saúde Pública

MS tem baixa cobertura vacinal de grupos prioritários

Dados da Secretaria Estadual de Saúde mostram que a taxa atual de imunização é de 31,59% e Campo Grande também segue a mesma média de vacinação

A SES confirmou que ainda enfrenta desabastecimento de doses da vacina contra a varicela - Foto: Reprodução/Freepik
A SES confirmou que ainda enfrenta desabastecimento de doses da vacina contra a varicela - Foto: Reprodução/Freepik

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que Mato Grosso do Sul está com baixa cobertura vacinal para grupos prioritários. Segundo as informações da SES, atualmente a cobertura vacinal destes grupos no estado é de 31,59%. E Campo Grande também segue a média com 31,01% de cobertura vacinal até o dia 23 de maio, de acordo com informações da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

O médico e representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações em Mato Grosso do Sul,  Alberto Jorge, fala sobre os baixos índices e desafios encontrados no estado.

"A situação da imunização em Mato Grosso do Sul, como em todo o país, infelizmente, ela está aquém do esperado e do necessário. A gente observou uma discreta reação positiva de 2023 para cá, mas ainda precisa ser melhorada muito para que a gente atinja uma cobertura vacinal adequada. O principal desafio realmente é a falta de informação e ou a desinformação. Com isso a gente vê doenças, que antes eram praticamente erradicadas, estarem reemergindo, ressurgindo", explicou o médico.

 Alberto Jorge também comenta sobre a falta da vacina contra a catapora. Recentemente a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES-MS) confirmou que ainda enfrenta desabastecimento de doses da vacina contra a varicela e que, desde setembro do ano passado, não há reposição das doses. A expectativa é que o estoque seja normalizado até 2025.

"A vacina da catapora é um exemplo que, às vezes, algumas vacinas faltam, ficam indisponíveis não só no sistema público de vacinação, mas nas clínicas privadas. Então as pessoas têm que aguardar a chegada da vacina. Assim que chegar, é importante já atualizar o calendário vacinal dessas crianças. E a vacina que foi feita anteriormente da Catapora, com um ano de idade, um ano e três meses, ela não perde a valia, porque existe uma memória imunológica, só é necessário esse reforço", afirmou.

O gerente de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde, Frederico Jorge Pontes de Moraes, fala sobre o cenário da cobertura vacinal e o que está sendo feito pela secretaria.

"O Brasil e o Mato Grosso do Sul vivem um cenário de recuperação das coberturas vacinais, nós já temos uma melhora significativa em relação aos anos de 2020, 2021, 2022, já com melhora das coberturas vacinais, e temos desenvolvido estratégias para vacinação da população de difícil acesso, comunidades indígenas, comunidades rurais, por meio do microplanejamento e estratégias de busca ativa. Nós temos também trabalhado junto com uma mídia eficaz que traz informações para a população e auxilia no combate às fake news. E temos também um olhar específico para a rede de frio, estamos atuando na aquisição de câmaras refrigeradas para fortalecer a nossa rede de vacinação", disse o gerente da SES.

E a importância da vacinação é dita pela coordenadora escolar, Raquel Ricco, que tomou todos os cuidados necessários para vacinar o filho de oito meses, que está com a carteira vacinal completa e imunizado contra a influenza, meningite, rotavírus e entre outras doenças.

"Tenho um bebê de 8 meses e como mãe sou muito a favor da vacinação. Desde o primeiro dia de vida do meu filho eu priorizei vaciná-lo, porque eu acredito muito na ciência e eu sei da importância de fortalecer o sistema imunológico dele. Quero deixar ele cada vez mais forte e livre de doenças. Além disso, eu sei também da importância da imunização para a saúde pública porque, ao vacinar o meu bebê, eu previno ele de doenças, de disseminar doenças para outros bebês e outras crianças", contou.

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