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Comerciantes reclamam da falta de segurança no centro da capital

Criminosos praticam furtos na região desde o ano passado assustando lojistas e consumidores

Grupos criminosos realizam furtos na região desde o ano passado, prejudicam lojistas e assustam consumidores - Foto: Isabelly Melo
Grupos criminosos realizam furtos na região desde o ano passado, prejudicam lojistas e assustam consumidores - Foto: Isabelly Melo

Quem anda pelas ruas do centro de Campo Grande reclama da falta de policiamento na região. Empresários relatam que há meses criminosos fazem furtos nas lojas deixando vendedores e consumidores indignados com a falta de segurança. 

Para o funileiro Estival Pereira, que sempre passa pelo centro, é importante ficar alerta. "Tem que se cuidar, né? Olhar para todos os lados e ficar atento, infelizmente tá muito perigoso", declara. A Dona de casa Nilda Martins conta que fica com medo. "Eu não me sinto segura aqui, fica muita gente pra lá e pra cá e a gente nunca sabe, né? Se tivesse mais segurança era melhor. Se eu fosse assaltada não teria ninguém pra me ajudar, falta policia aqui, né? Eu não saberia o que fazer, só se eu gritasse", desabafa.

Lojistas afirmam que os criminosos estão agindo há vários meses na região e já são até conhecidos. A vendedora Roseane Costa conta que já viu vários deles andando pelo centro. "Eu conheço já e uma vez vi eles passando aqui na frente da loja, eles entraram pela Americanas, ai eu corri lá e avisei e realmente eles já estavam roubando, o gerente pegou eles com panela de pressão, brinquedos e chocolates escondidos dentro de uma sacola grande e aí soltaram eles sem chamar a polícia, nem nada. É assim que eles agem e não é a primeira vez que eu vejo. Já vi eles na Calógeras também dizendo que estavam indo no Paulistão e com certeza iam roubar também, né?", relata.

O comerciantes dizem ainda que os grupos criminosos atuam em duplas ou trios, entram nas lojas e enquanto alguns distraem os atendentes, os outros praticam furtos com sacolas. Quando são descobertos, começam uma confusão no local, chamando a atenção de outros clientes e aproveitam o tumulto para fugir.

Uma destas quadrilhas, formada principalmente por mulheres, vem agindo desde o ano passado provocando um verdadeiro clima de terror entre funcionários, lojistas e clientes. As imagens de uma briga dentro de uma loja de varejo após a tentativa de furto, mostram a violência com que a quadrilha age. As cenas são fortes e já foram mostradas em nosso site na última sexta-feira (18).

O supervisor da loja onde ocorreu o flagrante conta que a briga começou após a vendedora do local falar com as criminosas tentando evitar o roubo. "A colaboradora foi inibir elas porque já conhecia, elas estão ficando mais agressivas. Antes nós flagrávamos os furtos e elas iam embora, agora elas estão começando a brigar mais. E nessa situação do vídeo, elas vieram pra cima da colaboradora e ela só se defendeu", relata o supervisor que assim como seus colegas de serviço, se sente frustrado por ter que trabalhar nessa situação. "É frustrante vir trabalhar, damos o nosso melhor todo dia e temos que ficar com o pé atrás em relação à segurança, né?, Nunca sabemos se nós ou nossos clientes estarão seguros", declara.

Ainda de acordo com o supervisor foi registrado um boletim de ocorrência denunciando o furto no dia 11 de fevereiro deste ano, data em que o vídeo foi gravado. Nossa produção entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar que informou não ter encontrado nenhum boletim sobre o ocorrido. A PM também informou que "se as pessoas se evadiram do local e a guarnição chegou depois, o registro fica prejudicado porque não há identificação de quem cometeu o ilícito, nem a materialidade que comprovaria o furto". Já os comerciantes questionam a posição da polícia. Uma vendedora que prefere não ser identificada desabafa: "Tem que registrar como autor a apurar, não tem como a gente descobrir o nome do bandido para poder registrar o boletim".

Hoje pela manhã nossa produção entrou em contato com a Guarda Municipal de Campo Grande para saber se algum tipo de reforço na segurança será feito, mas até agora não recebemos resposta.