Quase 3 mil pessoas já foram internadas em Mato Grosso do Sul desde janeiro deste ano com sintomas de gripe. Oitenta e dois pacientes morreram. A Secretaria de Saúde do Estado, SES, informou que nos últimos dois anos não eram registrados casos graves de Influenza. A taxa de letalidade da gripe no Estado este ano é de quase 20% entre os pacientes. Já a letalidade da Covid-19 está bem menor, cerca de 2% dos casos. Mesmo assim o número de mortes é alto: somente nos primeiros quinze dias deste mês foram 81 óbitos.
Além da maior transmissibilidade dos vírus, o relaxamento nas medidas de prevenção e a resistência de parte da população às vacinas contribuem para o aumento dos casos. Uma situação que preocupa neste momento de retomada da economia. No comércio de Campo Grande, muitos empresários voltaram a intensificar as medidas de prevenção e controle da Covid-19 e do vírus da gripe.
Um exemplo é o de uma concessionária de veículos em Campo Grande que passou a premiar clientes com o serviço de oxi-sanitização – um processo de higienização industrial que utiliza o gás ozônio e que foi adaptado para o setor automotivo. A coordenadora de qualidade da empresa, Regiane Terra, explica o procedimento:
“Essa oxi-sanitização elimina microorganismos, bactérias, vírus. E devido a essa alta na questão da pandemia, a gente vai dar essa cortesia aos 50 primeiros clientes que entrarem em contato com a gente para agendar. Então vai ser feito o agendamento e a gente vai executar essa oxi-sanitização. O tempo de serviço vai ser em torno de 2 horas.”
O fumacê com produtos específicos para desinfecção de ambientes é outro método muito utilizado nas empresas nesta pandemia. O sócio de uma tradicional loja de produtos árabes, no centro da capital, o comerciante José Thomaz Filho, explica que implantou a rotina de pulverização ainda em 2020:
“Eu passei a usar um equipamento que eu comprei pras 2 lojas nossas que a gente desinfectava calçada, locais de entrada, ambiente, área de produção. Toda a área de circulação da empresa a gente fazia o uso desse equipamento, dessa desinfecção, geralmente 1 ou 2 vezes ao dia.”
Já a profissional de saúde do SESI, Priscila Bueno, lembra que ainda estamos sob uma pandemia e reforça os protocolos sanitários que ainda são obrigatórios nos estabelecimentos:
“Uso obrigatório de máscaras com troca dessas máscaras a cada momento em que apresentar sujidade ou umidade, distanciamento social seguro e reforço de higienização de superfícies, de meio ambiente e de mãos. Com todos os ambientes e estabelecimentos tendo álcool a 70% disponível pras pessoas que transitam nesses locais”
