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Atualização Sobre Inquérito

Delegado descarta participação de agiota em homicídio na saída de Sidrolândia

Mulher encontrada morta às margens de córrego na capital no início de outubro foi assassinada pelo “sobrinho”

Delegados reforçam que o caso segue em investigação e juiz vai decidir sobre a liberação de China - Foto: Thais Cintra
Delegados reforçam que o caso segue em investigação e juiz vai decidir sobre a liberação de China - Foto: Thais Cintra

Um mês após o assassinato de Marcia Catarina Lugo Ortiz (57), encontrada às margens do córrego Imbirussu na capital, a Polícia Civil descartou envolvimento do agiota Carlos Henrique Machuca Santareno, conhecido como “China”, no crime. Segundo os delegados à frente da investigação, João Reis Belo e Camilo Kettenhuber, o principal suspeito de cometer o homicídio é o empresário e também motorista de aplicativo, Carlos Fernandes Soares (33), que tinha bastante convívio com a família e era considerado como um “sobrinho” pela vítima.

“Carlos estava no local do crime, no qual foi movido por dinheiro. Possuía várias dívidas com agiota e se aproveitou da boa vontade da vítima, que sempre se dispôs a ajuda-lo. Mais de R$ 104.600,00 em cartões de crédito foram usados pelo rapaz, após o assassinato. Ele sabia que ela recebia uma pensão pela morte do pai. A prisão do ‘China’ e Carlos foi necessária porque os indícios apontavam envolvimento no crime, mas diante dos fatos fica claro que apenas o ‘sobrinho’ é responsável pela morte de Márcia”, explicou delegado Camilo.   

Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (8), um dos delegados afirmou que mesmo não tendo nenhum parentesco consanguíneo com Marcia, o rapaz havia construído vínculo com a vítima, conseguindo persuadi-la em relação às dívidas.

“Carlos negou o tempo todo o assassinato, mesmo com todas as imagens de câmeras de segurança que registraram o empresário lavando o carro utilizado no dia do crime. Ele chegou a marcar depoimento com a polícia, para ter tempo de apagar e ocultar todos os indícios”, informou.

Ainda conforme o delegado, no dia em que China foi preso, com ele também foi apreendida uma arma de calibre 38. “China estava com uma arma de fogo na cintura quando foi preso. Foi feito confronto balístico para saber se era da mesma arma (38), mas o ‘raiamento’ do projétil era diferente. O disparo não saiu da arma dele e as provas não apontam participação no crime”, ressaltou.

Conforme o delegado, o caso segue em investigação e o juiz vai decidir sobre a liberação de China. A prisão de Carlos Fernandes foi decretada e cumprida no último dia 15 de outubro e tem validade de 30 dias