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Fiscalização

Em 2024, Capital já registrou mais de 600 acidentes no trânsito envolvendo motos

Diante desses números, Batalhão da Polícia Militar de Trânsito de Campo Grande iniciou a operação "Entrega Segura" na manhã desta segunda-feira (18)

Operação teve início nesta manhã na esquina da Rua Joaquim Dornelas com a Avenida Salgado Filho - Foto: Duda Schindler/CBN-CG
Operação teve início nesta manhã na esquina da Rua Joaquim Dornelas com a Avenida Salgado Filho - Foto: Duda Schindler/CBN-CG

Diante do grande número de acidentes e mortes no trânsito envolvendo motociclistas nos últimos meses, o Batalhão da Polícia Militar de Trânsito de Campo Grande (BPMTran/CG) iniciou, na manhã desta segunda-feira (18), a operação "Entrega Segura". A ação será realizada em diversas regiões da cidade até o dia 31 de março com o objetivo de coibir irregularidades e retirar de circulação motos em desacordo com as regras e leis de trânsito.

Subcomandante do BPMTran, capitão Everton

"A abordagem não é aleatória, nós abordaremos somente aqueles que estiverem cometendo irregularidades no trânsito, as principais, como não respeitar o sinal vermelho, andar pela contramão, passar por cima de canteiros e também tem a questão de que muitos retiram a placa e guardam na bolsa para tentar fugir da fiscalização dos radares de velocidade e das lombadas eletrônicas. Estamos de olho em tudo", afirmou o subcomandante do BPMTran, capitão Everton Myller Franco.

 

Ainda segundo dados disponibilizados pela Polícia Militar, só nos primeiros três meses deste ano, ao todo foram notificados 2.253 acidente de trânsito na capital e, desse número, 608 foram ocorrências envolvendo motos. Os principais alvos da operação são os motoentregadores, maioria envolvida nos acidentes e com grande frequência em infrações.

Um dos abordados durante a ação nesta manhã, realizada na esquina da Rua Joaquim Dornelas com a Avenida Salgado Filho, foi o motoentregador, Elieser Canas, que falou o que acha da iniciativa pelas ruas da cidade.

"É muito bom, a gente se sente seguro. Às vezes sinto até falta disso, de uma fiscalização mais rigorosa. O trânsito aqui é difícil mesmo, eu vejo muita gente furando sinal. Eu tomo muito cuidado, aqui tem que que cuidar de você e dos outros, né? Andar devagar, eu não posso falar que faço, mas eu ando com muito cuidado, a atenção é redobrada", disse Elieser.

Davi Dias trabalha como montador de móveis, mas anda todos os dias de moto pelas ruas da cidade e também fala sobre o trânsito e sobre a operação.

"É válida. Porque tem pessoas que usam o veículo pra praticar crime, mas quando essa operação vai retirando as pessoas que estão ilegais nas ruas, aí ajuda o trânsito. Eu vejo, às vezes assim, motoentregadores apressados e não respeitam regras. É perigoso, falta consciência", falou Davi.