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Mato Grosso Do Sul

Em cinco anos, aumento de mortes por escorpião cresce 500%

Ataques de escorpiões têm se tornado uma preocupação crescente, especialmente devido às altas temperaturas

Cuidados simples podem evitar acidentes e mortes por estes animais - Foto: Sina Katirachi / Unsplash
Cuidados simples podem evitar acidentes e mortes por estes animais - Foto: Sina Katirachi / Unsplash

Os ataques de escorpiões estão se tornando cada vez mais frequentes no Mato Grosso do Sul. São mais três mil casos registrados até setembro deste ano, quase ultrapassando os números de todo o ano de 2022.

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Mato Grosso do Sul teve um aumento de 500% nas mortes por picadas de escorpiões nos últimos cinco anos. 

Cuidados

O militar Fávio Amorim passou pela experiência de ser atacado por um escorpião enquanto lavava o quintal de casa. O animal não chegou a inocular veneno no pé de Flávio, mas ele conta que a dor era tão forte que foi necessário anestesia para melhorar a sensação. Hoje, ele aposta nos cuidados em casa para evitar novos acidentes.

"É importante a gente manter o nosso quintal limpo. O escorpião só vem em busca de alimento, que é a barata, a formiga, esses insetos. Utilizamos alguns recursos para evitar que esse animal venha através do esgoto, mantendo limpo, organizado, não deixando entulhar material onde o inseto possa se esconder. E a gente utiliza uma telinha de alumínio para que o animal não venha pelo esgoto e invada a casa", afirma Flávio.

Outras recomendações do Ministério da Saúde são:

  • Manter o lixo em sacos plásticos ou outros lugares que possam ser mantidos fechados.
  • Evitar plantas, trepadeiras, arbusto próximo a paredes e muros das casas. Além de manter a grama aparada.
  • Sacudir e examinar roupas e sapatos antes de usá-los.
  • Consertar rodapés despregados.
  • Afastar as camas e berços das paredes.
  • Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão.

 

O responsável clínico do Centro de Informação e Assistência Toxicológic (Ciatox), Alexandre Moretti de Lima, fala para a população ficar atenta na evolução da toxina, caso aconteça a picada.

"Os primeiros sintomas são: náuseas e vômitos, palpitação, palidez, sudorese excessiva, e começa a evoluir com tacardia. É uma evolução muito rápida. Se o paciente tem uma predisposição para desenvolver quadro moderado grave, nos primeiros 30 minutos já começa esse quadro. É importante procurar um pronto atendimento para ser atendido", recomenda.