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Escassez de votos

Grande desafio da esquerda, principalmente do PT, é superar a falta de votos nas urnas para conquistar prefeituras em 2024

O PT joga todas as fichas no nome da deputada federal Camila Jara para a Prefeitura da Capital - Foto: Reprodução/Câmara Federal
O PT joga todas as fichas no nome da deputada federal Camila Jara para a Prefeitura da Capital - Foto: Reprodução/Câmara Federal

Os partidos de esquerda, em particular o PT, praticamente viraram pó em Mato Grosso do Sul por fraco desempenho nas últimas eleições. A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente, no entanto, renovou a esperança do PT, por exemplo, de sonhar um pouco mais alto. 

Quando o PT governou Mato Grosso do Sul – de 1999 a 2007, com Zeca do PT, hoje deputado estadual -, conseguiu a eleição de vários prefeitos no estado. O município mais importante administrado por um petista foi Corumbá, hoje quarto maior em população.

Mas não conseguiu realizar o sonho de vencer uma eleição em Campo Grande. E não foi por falta de luta. O partido quase venceu na Capital, em 1996, quando ainda era inexpressivo no estado. O Zeca perdeu aquela eleição por apenas 411 votos para André Puccinelli (PMDB, na época). Esta eleição deu musculatura política e eleitoral ao Zeca e ao PT, porque dois anos depois, conquistavam o governo do Estado. Zeca foi reeleito em 2002 e depois o partido naufragou. Não conseguiu mais vencer um pleito para governador.

Zeca, porém, voltou a concorrer a eleição para  vereador de Campo Grande. Não teve voto escasso. Venceu com uma votação expressiva. Mas faltou para eleição de prefeito. Depois, Zeca foi o mais votado para deputado federal. Só que o PT não teve votos suficientes para voltar o Governo do Estado e nem para eleger uma grande bancada de deputado federal e estadual.

Nas eleições municipais, o PT não elegeu nenhum prefeito. A esquerda, de modo geral, foi sufocada nas urnas pelos partidos de direita e centro. 

Agora com Lula na Presidência da República, o PT aposta na eleição de alguns prefeitos e joga todas as fichas na deputada federal Camila Jara para Prefeitura de Campo Grande. Camila é uma política com projeção em grande escala. Ela foi eleita vereadora da Capital e dois anos depois estava na Câmara dos Deputados.

Só que Camila não terá vida fácil na campanha mesmo contando com empurrão do presidente Lula e de seus ministros petistas. Ela vai enfrentar rivais de peso, como o deputado federal Beto Pereira (PSDB), que contará com apoio do governador Eduardo Riedel. Sem contar com a prefeita Adriane Lopes (PP), que buscará a reeleição com a força da liderança política da senadora Tereza Cristina (PP). E neste cenário não se pode descartar o ex-governador André Puccinelli (MDB).

Confira na íntegra: