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Facção criminosa teria marcado data para atacar agentes da segurança pública

Servidores dos presídios federais de Campo Grande e de Brasília seriam o principal alvo

Forças de segurança estariam em alerta máximo no país - Foto: Reprodução/Joka Madruga-SINDARSPEN
Forças de segurança estariam em alerta máximo no país - Foto: Reprodução/Joka Madruga-SINDARSPEN

O Primeiro Comando da Capital (PCC), apontado como a maior organização criminosa que age dentro e fora dos presídios, teria divulgado um “salve”, uma espécie de ordem para que todos os integrantes da facção espalhados pelo país levantem informações sobre servidores dos sistemas penitenciários estaduais. 

A informação foi publicada nesta terça-feira (21) no portal Metrópoles, do Distrito Federal. Os integrantes da facção teriam recebido ordens da cúpula do grupo criminoso para atacar servidores da segurança pública, em datas pré-definidas: 28 de novembro, próxima terça-feira, e 3 de dezembro, um domingo.

As informações foram interceptadas pelo serviço de inteligência da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. De acordo com o Metrópoles, um documento sigiloso da Senappen destacou que policiais penais federais deveriam permanecer em alerta máximo, principalmente os lotados nos presídios de Campo Grande-MS e de Brasília, locais que abrigam alguns dos maiores traficantes de drogas do país.

Marcola durante transferência entre presídiosMarcola durante transferência entre presídios –  Foto Reprodução: Jorge Santos/Oeste/Estadão

Na Penitenciária Federal de Brasília cumpre pena o traficante Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como "Marcola", condenado a mais de 300 anos de prisão. Ele foi transferido para a unidade no início deste ano, após a descoberta de um suposto plano de fuga do presídio de Porto Velho-RO.

 

Marcola é apontado como líder máximo do PCC, acusado de cometer vários crimes, como encomendar assassinatos, mesmo estando dentro de uma prisão. Há poucos dias, o Ministério Público de São Paulo negou um pedido da defesa do traficante para que ele voltasse ao sistema carcerário estadual para cumprir o restante da pena.

Fernandinho Beira-MarFernandinho Beira-Mar – Foto Frame: Reprodução/Record

Na Penitenciária Federal de Campo Grande cumpre pena, desde 2019, outro megatraficante, Luiz Fernando da Costa, o "Fernandinho Beira-Mar", de 56 anos. Também condenado a mais de 300 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios, ele cumpriu 25 anos da pena e agora tem talegado insanidade mental para tentar deixar a prisão para fazer tratamento psiquiátrico.

Até o fechamento desta reportagem a Senappen não se manifestou a respeito da questão.  O jornalismo da CBN Campo Grande também entrou em contato com a Agência do Sistema Penitenciário de MS (Agepen) para maiores  informações sobre a situação nas unidades estaduais e aguarda pelo retorno.