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Feridas cicatrizadas

Depois de 12 anos rompidos, MDB e PSDB deverão caminhar juntos nas eleições na Capital

André Puccinelli (MDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) - Fotos: Reprodução/Redes Sociais
André Puccinelli (MDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) - Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Os ex-governadores Reinaldo Azambuja (PSDB) e André Puccinelli (MDB) estenderam as mãos para selarem a paz e caminharem juntos nas eleições municipais. No domingo, Azambuja se reuniu com André e o presidente regional do MDB, ex-senador Waldemir Moka, para acertar os detalhes da retomada da aliança entre os dois partidos. Mas ainda faltam alguns detalhes para concretização do acordo.

"Nós estávamos apartados desde as eleições de 2012 e agora podemos estar juntos novamente", comentou Azambuja. Ainda não está 100% fechada essa aliança. Antes o MDB deverá colocar em votação a proposta de parceria com o PSDB. Mas se depender da bancada de deputados estaduais, o acordo será fechado.

André já deu o primeiro passo para selar a aliança desistindo de concorrer à prefeitura. Na reunião com Azambuja, o ex-governador emedebista pediu apoio logístico para os candidatos a vereador do partido e do Solidariedade. Ele não quer deixar ninguém órfão com a sua  retirada da disputa pela prefeitura da Capital.

Esta é uma questão em análise pela cúpula do PSDB. Azambuja até destacou o potencial dos nomes apresentados para concorrer à Câmara Municipal. "O MDB tem uma chapa forte de candidatos a vereador", reconheceu Azambuja.

Só para contextualizar sobre o relacionamento dos dois partidos: juntos venceram muitas eleições em Campo Grande e a união ajudou nas duas vitórias de André Puccinelli para o Governo do Estado. O PSDB vivia na sombra do MDB. Mas em 2012, Azambuja já como presidente regional do PSDB decidiu sair da sombra e bateu de frente com André, por não aceitar apoiar Edson Giroto para prefeito. Ele foi para disputa eleitoral e ficou em terceiro lugar.

André, que era governador na época, se sentiu afrontado por Azambuja e o rompimento foi traumático com trocas de acusações e mágoas. E para piorar, Giroto acabou perdendo o segundo turno daquelas eleições para o deputado estadual na época, Alcídes Bernal (PP), e dois anos depois, em 2014, Azambuja foi eleito governador, tirando do páreo o Nelsinho Trad, candidato do André, e de forma surpreendente derrotou, no segundo turno, o senador Delcídio do Amaral, candidato do PT.

Em 2018, a prisão de André tirou a sua chance de enfrentar o então arquirrival Azambuja na disputa para governador. E, em 2022, André nem foi para o segundo turno. Ele apoiou o Capitão Contar por causa das diferenças com Azambuja. Só que o Eduardo Riedel, candidato do PSDB, acabou vencendo as eleições.

Agora há grande possibilidade de André e Azambuja caminharem juntos nas eleições para Prefeitura de Campo Grande apoiando a candidatura do deputado federal Beto Pereira.

Confira a coluna na íntegra: