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Gravidez e uso excessivo de salto alto podem afetar a saúde da coluna das mulheres

Segundo os ortopedistas, a utilização do salto alto em até três vezes na semana, geralmente, é uma medida mais segura para evitar o desenvolvimento de problemas na lombar e cervical

Ortopedistas do CTC/MS no estúdio da rádio CBN-CG - Foto: Isabela Duarte/CBN-CG
Ortopedistas do CTC/MS no estúdio da rádio CBN-CG - Foto: Isabela Duarte/CBN-CG

A coluna vertebral protege a medula espinhal e sustenta todo o peso do corpo. A estrutura que tem papel essencial no movimento de braços, pernas e na nossa locomoção é ainda mais exigida nas mulheres, especialmente, durante a maternidade ou na escolha do tamanho do salto diariamente. 

Durante a entrevista com Juliana Gambim, no programa Você Mulher, deste sábado (06), os ortopedistas do Centro de Tratamento da Coluna de Mato Grosso do Sul (CTC/MS), Diogo Carvalho, Marcel Peres e Ricardo Miranda falaram sobre os problemas que podem impactar a cervical e a lombar das mulheres.

"Quando a mulher usa o salto alto ela joga o ombro para trás e o pescoço para frente, você tem um aumento da lordose, e com o salto alto há uma concentração de peso nos pés, nos dedos dos pés. Aí tem vários motivos para sobrecarregar os outros membros do corpo". Ainda segundo Diogo Carvalho, conforme a literatura médica, a utilização do salto alto em até três vezes na semana geralmente é uma medida segura para evitar o desenvolvimento de problemas de saúde na coluna e em outras articulações. O que pode prejudicar é o uso diário.

Umas das principais causas de afastamento de trabalhadores do serviço é a hérnia de disco. De acordo com Ricardo Miranda, o problema é limitante e pode influenciar na dor geral do paciente. Em casos extremos, a situação repercute em problemas neurológicos como a perda de força. O ortopedista orientou ainda como diferenciar a dor causada por hérnia de disco e dor lombar.

Há uma semana da Terceira Jornada de Endoscopia de Coluna do Mato Grosso do Sul, os ortopedistas do CTC/MS falaram sobre a preparação, a expectativa e o diferencial da capacitação de profissionais de saúde e estudantes na utilização da endoscopia de coluna como procedimento inovador, minimamente invasivo. O uso da tecnologia é, inclusive, considerada a segunda revolução em tratamento de coluna, ficando atrás apenas da cirurgia aberta.

Conforme o ortopedista, Marcel Peres, o CTC/MS é uma das seis referênciais nacionais da USP de Ribeirão Preto em tratamento de coluna. Médico e professor universitário, o especialista frisou que durante a Jornada de Endoscopia de Coluna a abordagem do assunto será a mais dinâmica possível.

"Cerca de 20 palestrantes vão participar do evento discutindo casos diferenciados, para que a gente possa debater e não fazer uma aula monótona com uma pessoa dando aula e todo mundo assistindo – porque nós acreditamos que isso torna o evento muito maçante e cansativo. Então, a ideia é que os colegas que estejam lá em cima com casos bastante interessantes, mais debatedores e apresentadores, e abrindo para a plateia tirar dúvidas em relação a isso", esclareceu Peres.

Entre as principais vantagens do método estão: a redução pela metade no tempo de cirurgia e a rapidez na recuperação do paciente. Em alguns casos podendo receber alta médica no mesmo dia ou em até 24 horas após o procedimento.

A endoscopia de coluna já vem sendo utilizada há cerca de 5 anos no estado, pelo grupo de especialistas do CTC/MS. Acompanhe a entrevista completa:

 

 

Acompanhe a entrevista completa: