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Imagens de satélite vão permitir monitorar crimes ambientais no Pantanal

Guarda Municipal de Corumbá vai gerenciar sistema que até este ano só a PF tinha acesso

Entre os pontos que as câmeras serão instaladas estão os acessos da cidade que levam à fronteira e à BR-262 - Foto: Reprodução
Entre os pontos que as câmeras serão instaladas estão os acessos da cidade que levam à fronteira e à BR-262 - Foto: Reprodução

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Imagens de satélite, atualizadas diariamente, vão ajudar a Guarda Municipal de Corumbá a fiscalizar o desmatamento e outros crimes ambientais em todo o Pantanal. Esse sistema está interligado no chamado RedeMais, do governo federal. A Polícia Federal tem acesso a essa ferramenta desde 2017 e só neste ano a União autorizou que outros órgãos possam acessar a base de dados.

O convênio entre a Secretaria Especial de Segurança Pública e Defesa Social e o governo federal foi oficializado neste começo de novembro. Os acessos já foram criados, mas os servidores municipais precisarão de curso específico para aprenderem a interpretar os dados e coordenadas do satélite para transpor as informações em fiscalização na prática. Conforme a Secretaria Especial, a Guarda Municipal ficará com a atribuição de realizar o monitoramento.

Para 2022 está prevista a criação de um grupo especial dentro da Guarda de Corumbá que vai atuar na zona rural, em apoio à Polícia Militar Ambiental. Esses guardas civis vão atuar em conjunto com o centro de informação que vai acompanhar diariamente as imagens de satélite do RedeMais.

Esse sistema avançado ainda vai permitir que o combate a incêndios florestais seja mais eficaz, principalmente em termos de identificação se a ignição foi por intervenção humana ou não. O município de Corumbá tem uma área de mais de 64,7 mil km², tamanho superior a países como Suíça, Eslovênia e Estónia. No Brasil, é o 11º maior município e o maior na região Centro-Oeste e em Mato Grosso do Sul.

Somente com o uso de tecnologia é possível realizar um monitoramento mais eficaz na área de vegetação diante dessa dimensão. Os Bombeiros, em parceria com o Ministério Público Estadual, já utilizam monitoramento geo-espacial para identificar queimadas a partir do Pantanal em Alerta, sistema lançado neste segundo semestre de 2021.

Além do gerenciamento da zona rural com imagens de satélite, o setor de segurança pública municipal prepara ainda este ano o início do processo de instalação de 30 câmeras inteligentes na zona urbana para contribuir com o video-monitoramento da cidade.

Projeto avaliado em R$ 1,5 milhão vai permitir que na Capital do Pantanal haja câmeras de alta definição que funcionam com sistema computacional que realiza identificação de pessoas a partir de tipo e cor de roupa, além de características pessoais. A Guarda Municipal vai também gerenciar essa vigilância digitalizada e atuará em conjunto com as Polícias Federal, Militar e Civil.

Entre os pontos que as câmeras serão instaladas estão os acessos da cidade que levam à fronteira e à BR-262. A instalação completa das câmeras de inteligência será feita no primeiro semestre de 2022.