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Lojistas tiveram pior Natal dos últimos 15 anos, diz CDL

Na comparação com o ano passado, empresários sentiram uma redução de 47% nas vendas

Ruas do centro vazias antes da pandemia - Reprodução/PMCG
Ruas do centro vazias antes da pandemia - Reprodução/PMCG

Mesmo após toda expectativa de crescimento das vendas no final do ano, os lojistas da Capital sentiram uma queda de 47% no volume vendas, na comparação com o mesmo período de 2019. Isso coloca 2020 como o pior ano para o segmento em mais de 15 anos.

De acordo com o presidente da CDL CG, Adelaido Vila, as vendas do Natal desse ano foram similares ao mês de setembro, quando aconteceu a PromoGrande. “Infelizmente, não estamos fazendo nem para sobreviver, conseguimos, ao menos, equiparar ao mês de setembro, quando realizamos uma grande ação de descontos, mas isso não é o suficiente sequer para amenizar um pouco das perdas, que vem se acumulando há mais de dois anos, se considerarmos o impacto negativo de obras e crises econômicas. Hoje, o varejista campo-grandense mal faz para sobreviver e pagar as contas básicas”.

Vila alerta que a queda nas vendas deve refletir na arrecadação do munícipio. “O varejo é responsável por 60% da arrecadação, pagamos impostos que são revertidos para a cidade, como IPTU, ISS, ICMS, Contribuições e taxas e sem conseguir vender, não temos como arcar com essas despesas que são muito altas. Se não pagamos impostos, a cidade fica sem recursos para fazer obras, pagar funcionários públicos e isso vai virar uma grande bola de neve, prejudicando a todos”.

Em relação à inadimplência, a CDL CG constatou um aumento nas negativações na ordem de 23%, comparando os meses de dezembro de 2019 e 2020 e as positivações caíram 15%, mostrando que as pessoas não estão conseguindo colocar suas contas em dia.

Adelaido Vila ressaltou que houve muito deslocamento de pessoas e isso passou a impressão que as vendas poderiam ser melhores. “Aparentemente teríamos a alavancada que necessitávamos para entrar 2021 com um pouco mais de fôlego e o cenário foi justamente contrário, muitas pessoas pelas ruas e poucas compras, mantendo o setor numa crise que se arrasta por mais um ano, além disso houve aumento da inadimplência, até porque o número de desempregados ainda é grande, consequentemente, poucas pessoas procuraram limpar seus nomes”, completou.