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Efeito Pandemia

Mais de 90% dos empresários de MS utilizam Pix para vendas

O número é oito pontos percentuais superior a pesquisa anterior

O número é oito pontos percentuais superior a pesquisa anterior - Foto: Reprodução
O número é oito pontos percentuais superior a pesquisa anterior - Foto: Reprodução

Em Mato Grosso do Sul, 94% dos pequenos negócios utilizam o Pix para realizar vendas. É o que aponta a 13ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada em novembro do ano passado pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O número é oito pontos percentuais superior ao da edição anterior do estudo, de agosto de 2021, quando 86% dos entrevistados afirmaram ter aderido a ferramenta.

A pesquisa ouviu 6.883 pessoas de todos 26 Estados e do Distrito Federal, sendo 59% de microempreendedores individuais (MEI), 36% microempresas (ME), e 5%, empresas de pequeno porte (EPP). Em Mato Grosso do Sul, foram 95 empreendedores.

Conforme a analista técnica do Sebrae/MS, Vanessa Schmidt, a ferramenta é uma tendência entre os empresários, desde os pequenos até os grandes, principalmente por ter ajudado nas vendas durante os períodos mais intensos da pandemia.

“É uma tendência que veio para ficar e chegou em um cenário de instabilidade econômica. A pandemia fez com que muitos empresários precisassem migrar para formas de comercialização digital, e partir dele as pessoas puderam concretizar compras à distância, sem precisar ter contato com máquina de cartão ou dinheiro”, explicou.

O levantamento mostra que, na comercialização de produtos, a maioria (85%) dos empresários utilizam as redes sociais, aplicativos ou internet, como WhatsApp, Facebook, Instagram, entre outros. No entanto, o uso de tecnologias digitais para a gestão do negócio apresentou baixa, apenas 11% dos entrevistados afirmaram ter implementado, por exemplo, a automação de processos.

“A pandemia impulsionou o aumento do uso da tecnologia para facilitar as relações comerciais, no entanto, não teve a capacidade de dar o mesmo impulso na automação de processos, já que, naquele momento, a necessidade para a empresa continuar operando era garantir as relações comerciais, ou seja, continuar vendendo”, pontuou Vanessa Schmidt.

Conforme a pesquisa, os motivos que mais dificultam os empresários de voltarem à situação financeira de antes da pandemia são: aumento dos custos (60%), falta de clientes (16%), dívidas com fornecedores (8%), dívidas com empréstimos (6%) e dívidas com impostos (5%).

Apesar do alto custo das mercadorias, muitos empresários relataram que conseguiram melhorar as relações comerciais com os fornecedores, pois as restrições do mercado para os fornecedores fizeram com que eles ficassem mais abertos a negociações.