O clínico geral Renato Figueiredo alerta para os riscos à saúde que as bebidas falsificadas podem causar. "As substâncias que eles colocam lá dentro nós desconhecemos. A princípio pode não ser para o consumo humano", disse Figueiredo.
O médico afirma que as bebidas falsificadas podem causar desde alterações gastrointestinais até intoxicações graves, hepatopatias, entre outros problemas que podem levar até a morte de quem consome produtos de origem desconhecida.
Uma operação realizada nesta semana, em Campo Grande, pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul apreendeu R$ 150 mil em bebidas falsificadas. A ação foi realizada em quatro estabelecimentos que comercializavam bebidas alcoólicas falsas ou frutos de descaminho, entre eles casas noturnas e conveniências.
De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, titular da Decon – Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo, a operação foi motivada por denúncias de que alguns estabelecimentos da cidade estavam comercializando bebidas falsificadas.
"Nós pegamos só setescentas e poucas garrafas, não pegamos o que a gente almejava pegar. A gente esperava aí umas duas mil de descaminho e umas 500, 600 de falsificação", disse Salomão.
Ainda segundo o delegado, parte das bebidas apreendidas foi encaminhada para a Receita Federal, que irá analisar se elas podem ser regularizadas. As garrafas falsificadas serão encaminhadas para perícia.
Dicas para o consumidor
De acordo com a Decon, ao comprar bebidas alcoólicas o consumidor deve ficar mais atento a:
– Se a garrafa tem o selo de inspeção federal;
– Se a garrafa estiver aberta, é preciso verificar se o líquido está na mesma cor e consistência que o original.
– Preços muito baixos. Nesse caso, desconfie sempre.