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Mesmo abandonada, prefeita continua defendendo as ideias do bolsonarismo

Adriane Lopes não esconde a sua decepção com a quebra de acordo para o ex-presidente apoiá-la

Colunista Adilson Trindade durante participação no Jornal CBN CG. - Foto: Arquivo/ CBN-CG
Colunista Adilson Trindade durante participação no Jornal CBN CG. - Foto: Arquivo/ CBN-CG

A prefeita Adriane Lopes (PP) foi trocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na corrida eleitoral em Campo Grande. Ele fechou acordo com o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente regional do PSDB, para o PL apoiar o deputado federal Beto Pereira na disputa pela prefeitura.

Adriane ficou decepcionada com essa mudança de rumo do PL, porque o Beto é um dos seus rivais mais ferrenhos. Mesmo assim, a prefeita continua defendendo as ideias do bolsonarismo na sua pré-campanha à reeleição. 

Ela perdeu o apoio do Bolsonaro, mas não quer ficar sem o voto dos seguidores do ex-presidente. Adriane se declara, nas reuniões com eleitores, candidata da direita, conservadora na sua essência e bolsonarista. 

A expectativa dos estrategistas da prefeitura é de que nem todos os eleitores bolsonaristas vão acompanhar o ex-presidente na campanha do Beto Pereira. Eles querem arrebanhar essa fatia do eleitorado.

Essa decisão de Bolsonaro se aliar ao PSDB abriu cisão no PL e na direita espalhada em outros partidos. Alguns líderes do PL viviam batendo duro no governo de Eduardo Riedel. É o caso do deputado estadual João Henrique Catan (PL). Ele manteve a sua pré-candidatura a prefeito até quando Bolsonaro deu um basta e mandou o PL fechar aliança com PSDB. Catan teria, hoje, dificuldade de subir no palanque do Beto devido as suas profundas divergências com o governo tucano.

A situação não é diferente com o ex-deputado estadual Capitão Contar. Ele foi opositor ferrenho do então governo de Reinaldo Azambuja e, em 2022, disputou o segundo turno com Riedel o governo estadual. Perdeu, mas continua sendo protagonista na política com sua posição de direita e defensor das ideias bolsonaristas. Só que não deve apoiar Beto. A expectativa é dele reforçar a campanha da ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), que desponta na liderança das últimas pesquisas eleitorais.

Até o fim das convenções partidárias, quando estarão definidos os candidatos a prefeito de Campo Grande, muita coisa ainda pode acontecer.

Confira a coluna Política em Destaque na íntegra: