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Mesmo com orçamento de R$ 4,5 milhões por dia, caos na Saúde avança na Capital

Prefeita decreta situação de emergência para tentar evitar mortes de crianças por doenças respiratórias

Nas unidades de saúde, as filas se tornaram constantes todos os dias. - Foto: Isabela Duarte / Arquivo CBN-CG
Nas unidades de saúde, as filas se tornaram constantes todos os dias. - Foto: Isabela Duarte / Arquivo CBN-CG

Na última terça-feira (30), a prefeita Adriane Lopes (PP) assinou decretou declarando situação de emergência em saúde pública em Campo Grande. A medida foi adotada em função da falta de leitos de UTI neonatal e pediátrica na rede própria e privada de urgência e emergência em decorrência do aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave.

Nas unidades de saúde, as filas tornaram-se constantes todos os dias, com mães e pais desesperados, com crianças de colo que sofrem os efeitos da doença e que necessitam de atendimento imediato.

De acordo com dados do painel de monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), de janeiro a abril deste ano Campo Grande registrou 1.033 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desse total, 51% são de crianças de zero a 9 anos.

Nos quatro primeiros meses de 2023, foram registrados 1.346 casos de SRAG em Campo Grande e 128 mortes, sendo 15 de crianças até 9 anos. Neste ano, Campo Grande acumula 68 mortes, sendo três de crianças até 9 anos e 42 de idosos com mais de 60 anos.

Os números mostram que a gestão municipal, pela experiência adquirida no ano passado, deveria ter se planejado melhor para enfrentar a situação este ano. O que se vê é que a prefeitura age de improviso, por meio de decreto para tentar conter a crise que coloca em risco a vida de milhares de pessoas, principalmente crianças e idosos.

Trata-se, portanto, de uma crise anunciada. Neste ano, os casos de SRAG em Campo Grande começaram a aumentar em abril, sendo que em 2023 a gravidade dos casos aconteceu a partir de março.

Confira na íntegra: