Veículos de Comunicação

Investigação

Ministério Público mira 8 guardas municipais de Ponta Porã em investigação contra corrupção

Servidores usavam a função pública para conseguir vantagens indevidas na região de fronteira

A primeira etapa da operação foi realizada em setembro do ano passado - Foto: MPMS
A primeira etapa da operação foi realizada em setembro do ano passado - Foto: MPMS

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), deflagrou, nesta terça-feira (27/6), a terceira fase da Operação “Deviare”. A ação tem como alvo oito guardas municipais de Ponta Porã.

Os servidores usavam as suas funções públicas para rotineiramente solicitar e auferir vantagens indevidas, na região de fronteira, de pessoas em situação ilegal, sobretudo de pequenos contrabandistas (sacoleiros), em um quadro de corrupção sistêmica.

As investigações que levaram a este grupo fazem parte do desdobramento das fases anteriores da operação quando foram apreendidos telefones celulares.

Com esta terceira fase, já são 26 guardas municipais de Ponta Porã alvos da Operação "Deviare", todos por associação criminosa, peculato, comércio ilegal de armas de fogo e demais delitos correlatos.

Na ação de hoje, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão, nos imóveis dos investigados. O GAECO contou com o apoio operacional do Departamento de Operações de Fronteira – DOF.

O nome da operação faz alusão ao ato de desviar (em italiano). A investigação teve início em razão do desvio de armas de fogo e munições por parte de guardas municipais em uma ocorrência de tráfico de drogas, em agosto de 2021.

Histórico

A primeira etapa da Operação “Deviare” foi deflagrada no dia 15 de setembro de 2022, quando foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão.

Já a segunda fase que ocorreu no final de janeiro deste ano (31/1), teve como alvo com 15 (quinze) guardas municipais. Na ocasião foram cumpridos 8 (oito) mandados de prisão preventiva e 17 (dezessete) de busca e apreensão, nos imóveis dos investigados e no quartel da Guarda Municipal.