Nesta segunda-feira (20) será assinado o Convênio Tripartite (Governo de Mato Grosso do Sul/Fundect/Fiocruz) para a instalação de uma plataforma de pesquisa clínica, que vai atuar no sistema de ciência e tecnologia em saúde na região centro-oeste. Vão ser realizados estudos clínicos nacionais e internacionais no espaço, articulando conhecimentos científicos, infraestrutura, recursos humanos e parcerias institucionais.
Segundo o diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul, Márcio Pereira, a plataforma vai colocar MS em destaque.
“Isso vai colocar Mato Grosso do Sul no centro da pesquisa clínica nacional e internacional com o que há de mais avançado, com uma plataforma de ponta. Nesse momento, não só pela covid-19, mas por outros problemas de saúde que vêm ocorrendo no mundo, você tem hoje necessidade de pesquisas científicas cada vez mais avançadas para a proteção da saúde humana. É um trabalho histórico e o investimento de R$ 14,8 milhões é um dos maiores do estado voltado para a saúde, que vai fazer a diferença na vida do cidadão.”.
O médico infectologista da Fiocruz, Julio Croda, vai realizar uma palestra durante o evento na Capital. Segundo ele, no espaço vão ser feitas pesquisas que estão na última fase.
“Vai prover uma infraestrutura adequada para estar realizando pesquisas clínicas, que são aquelas pesquisas de fase final, justamente para disponibilizar os produtos para a população e aprovação das Agências Regulatórias. Todas as medicações, vacinas, procedimentos que forem avaliados pela plataforma de pesquisa clínica vão beneficiar os participantes da pesquisa. Nos últimos dez anos, nós já beneficiamos mais de 25 mil pessoas, provendo acessa à diagnósticos, vacinas e tratamentos. Pretendemos ampliar a parceria com estado e outras universidades e pesquisadores, para testar mais drogas e vacinas e disponibilizar para toda a população sul-mato-grossense.”.
No evento de hoje terá ainda o lançamento do ensaio clínico “Fract-cov”, com a participação da pesquisadora Denise Garrett, vice-presidente do Sabin Vaccine Institute. Segundo Croda, a proposta é avaliar a dose fracionada (meia dose de vacina) da vacina da covid para ver se ela produz a mesma resposta imunológica e é segura. Com isso, no futuro, países mais pobres teriam acesso mais facilmente a dose de reforço e ampliariam o público, ainda de acordo com o pesquisador.
A assinatura será realizada hoje, às 14h, no auditório do Bioparque Pantanal.
