Veículos de Comunicação

Política Em Destaque

O jogo de André

O ex-governador entra no mês decisivo para definir o seu caminho nas eleições municipais

André Puccinelli já teria identificado os motivos de sua alta rejeição. - Foto: Arquivo CBN-CG
André Puccinelli já teria identificado os motivos de sua alta rejeição. - Foto: Arquivo CBN-CG

Não está sendo nada fácil para o ex-governador André Puccinelli (MDB) sustentar em pé a sua pré-candidatura a prefeito de Campo Grande. Ele já identificou, de acordo com as conversas de pessoas do MDB, os motivos de sua alta rejeição. São de eleitores que não vivenciaram as suas duas administrações na Capital. Mas quem conhece o seu trabalho é onde está o eleitorado mais fiel.

Ele até lidera a maioria das pesquisas para consumo interno dos partidos. Mas as intenções de voto não são suficientes para ganhar a eleição. Só que André ajuda a eleger um candidato a prefeito.

Todos os grandes partidos sabem o tamanho da força eleitoral dos seus rivais, porque todos traçam estratégia política por meio de pesquisas eleitorais.

André teve, recentemente, uma conversa franca com o cacique do PSDB, ex-governador Reinaldo Azambuja, para convencê-lo apoiar seu nome a prefeito por prever dificuldade do deputado federal Beto Pereira emplacar a sua candidatura em Campo Grande. No entanto, André acredita na queda da sua rejeição somando força com os tucanos. Azambuja ouviu André e não deu muita esperança. Ele acha mais viável politicamente o emedebista apoiar o Beto. 

André ainda tentou se unir à ex-deputada federal Rose Modesto, do União Brasil, para voltar àprefeitura. Só que Rose não pensa em hipótese alguma ser vice. Mas aceita de pronto o ex-governador na sua vice.

Com pouco espaço para movimentações, há quem acredite do André acabar se aliando ao PSDB para apoiar o Beto. Os deputados estaduais do MDB defendem essa aliança com André fora da disputa eleitoral. Há, também, setores do partido contrários a essa parceria. Eles defendem, a princípio, subir no palanque da Rose Modesto. Isso mostra racha.no partido, que vem definhando a cada eleição.

Nesta eventual aliança com o PSDB, André amarraria um novo projeto eleitoral para 2026. O Senado seria uma opção. O problema é o congestionado de nomes disputando a indicação para a segunda vaga, porque a primeira já está carimbada no passaporte de Azambuja.

Só para se ter ideia, a senadora Soraya Thronicke, do Podemos, se aliou ao governador Eduardo Riedel, do PSDB, e acertou com Azambuja apoio a Beto Pereira. O senador Nelsinho Trad, comandante do PSD, colocou a pré-candidatura do deputado estadual Pedrossian Neto na guilhotina e sacrificou o plano do seu irmão, ex-prefeito Marquinhos Trad, para fechar aliança com PSDB de olho na segunda vaga de senador. Marquinhos teve que sair do PSD e encontrou abrigo no quase extinto PDT para disputar uma vaga de vereador.

Então, dificilmente André teria espaço para garantir a segunda vaga de senador. A saída para não cair no ostracismo é concorrer uma vaga de deputado federal com apoio dos tucanos.

Confira na íntegra: