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Investigação

PF apura transporte ilegal de solvente usado na produção de R$ 100 milhões em cocaína

Carga estava em Corumbá e seria levada para a Bolívia, mas acabou interceptada após ação da em parceria com Receita Federal

Precursores químicos estavam escondidos em 277 tonéis em Corumbá, e seriam transportados para a Bolívia - Foto: Divulgação Polícia Federal
Precursores químicos estavam escondidos em 277 tonéis em Corumbá, e seriam transportados para a Bolívia - Foto: Divulgação Polícia Federal

Usado para a produção de cocaína em sua forma mais pura, e por isso com valor alto no mercado ilegal, a venda e o transporte do acetato de etila para a região de fronteira têm sido monitorados pela Polícia Federal. Neste sábado (19), uma equipe da Delegacia da PF em Corumbá apreendeu 56 mil litros do solvente, que poderiam produzir mais de 4 toneladas de cocaína, o que representa em cerca de R$ 100 milhões no mercado ilegal.

Esses precursores químicos estavam escondidos em 277 tonéis em Corumbá, e seriam transportados para a Bolívia. A identificação da carga ocorreu após ação conjunta da Receita Federal com a Polícia Federal. Auditores suspeitaram de notas apresentadas para produto que seria exportado e identificaram falsificação.

“Ao constatar que nos últimos anos mais de 85% da cocaína apreendida no Brasil foi obtida com a utilização do solvente acetato de etila, a Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal do Brasil, tem realizado um amplo trabalho de inteligência com a finalidade de mapear e identificar exportações irregulares do insumo químico para países produtores da droga”, informou a PF, em nota.

“Fraudes documentais geraram o alerta de que a carga estava em condição irregular, que resultou na pronta atuação dos órgãos governamentais envolvidos na diligência. A apreensão reforça o compromisso das instituições envolvidas com o combate aos desvios de precursores químicos como forma eficaz de enfrentar e mitigar o tráfico internacional de drogas”, informou a Polícia Federal.

O inquérito sobre essa apreensão continua tramitando na Delegacia de Corumbá para identificar os possíveis proprietários da carga, bem como o destino final dela.