Os compromissos assumidos na última quinta-feira (30) com a diretoria do Hospital São Julião não foram cumpridos integralmente pela prefeitura de Campo Grande.
Dos diversos pontos especificados em ata, apenas a renovação do contrato, com os mesmos termos do acordo que venceu no dia 30 de junho, foi assinada.
Em duas reuniões realizadas na semana passada, o município assumiu o atraso no pagamento por serviços prestados pelo Hospital São Julião no valor de R$ 1,1 milhão. Admitiu ainda estar retendo emendas parlamentares que somam R$ 2.450.000,00.
Em encontro na quinta-feira passada no gabinete do presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Borges, o Carlão, do qual participaram outros parlamentares e a diretoria do São Julião, ficou acertado que a prefeitura enviaria projeto de lei estabelecendo suplementação de verba para que a Sesau pudesse pagar as dívidas em atraso.
Por sua vez, a Câmara se comprometeu a promover a tramitação da matéria em regime de urgência. Ficou estabelecida ainda a liberação das emendas parlamentares retidas pelo município.
Até o início da manhã desta terça-feira o projeto ainda não tinha sido enviado à Câmara pela Secretaria Municipal de Planejamento e Finanças, conforme acordado.
Com relação às emendas parlamentares, destinadas a custeio, a prefeitura exigiu a disponibilização de 10 novos leitos, apesar de não existir previsão legal para essa exigência. Mesmo assim, o hospital concordou e os leitos já estão disponíveis.
Ao longo dos anos, o Hospital São Julião ampliou de forma exponencial a sua capacidade de produção. Hoje, possui condições de realizar cerca de 200 cirurgias ao mês, mas a prefeitura contratou apenas 26.
Com déficit mensal em torno de R$ 700 mil, a unidade tenta junto ao município ampliar o leque de serviços prestados, a fim de alcançar o equilíbrio financeiro antes que toda a estrutura de atendimento seja comprometida por conta do subfinanciamento.
Confira a coluna CBN Em Pauta desta terça-feira (4):