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Entrevista

PSDB está conversando com diversas lideranças para 2022, diz Eduardo Riedel

Secretário de Governo garantiu que programas sociais e de incentivo lançados durante a pandemia continuarão em 2022

Secretário de Governo garantiu que programas sociais e de incentivo lançados durante a pandemia continuarão em 2022 - Eduardo Suede/CBN
Secretário de Governo garantiu que programas sociais e de incentivo lançados durante a pandemia continuarão em 2022 - Eduardo Suede/CBN

Nesta quarta-feira (1) a CBN Campo Grande recebeu o secretário de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, pré-candidato ao Governo do Estado nas eleições do próximo ano pelo PDSB. Ridel falou sobre a recuperação do Estado frente a pandemia de Covid-19, continuidade nos benefícios sociais, logística e garantiu que o PSDB está conversando com várias lideranças para construir apoio para as eleições 2022. Confira os principais pontos

Na questão dos investimentos do Estado, o que o senhor elenca como destaques, principalmente, agora neste período de recuperação?

RIEDEL – A gente atravessou um ano de 2021 muito difícil. A pandemia foi um soco na cara da humanidade, da sociedade como um todo. Nós estamos falando de quase dez mil vidas perdidas aqui no Estado. O nosso papel aqui foi sempre no Programa Prosseguir, que eu presido até hoje para equilibrar as ações de saúde de maneira que a gente protegesse as pessoas, criasse um sistema que desse amparo a toda essa situação e, principalmente, a vacinação. Mato Grosso do Sul liderou o tempo todo no Brasil. Quando a gente fala que não quer deixar nenhum sul mato-grossense para trás isso é fato.

Temos diversos incentivos a cultura, turismo, economia, mas eu ainda não estou satisfeito. Foi anunciado que Mato Grosso do Sul tem a terceira menor taxa de desemprego do Brasil, mas ainda é muito alto e nós temos muitas pessoas passando necessidade. Por isso, o Mais Social vai chegar a cem mil famílias atendidas, mas ainda assim nós temos que buscar novas formas de atender esse contingente. A gente tem discutido internamente, eu tenho conversado com a área social, com a área de desenvolvimento para gente buscar alternativas de apoiar de maneira efetiva esse público que sentiu muito durante a pandemia. Esses programas vão continuar em 2022. O ciclo econômico não se encerra na doença ou no fim da pandemia com a vacinação. Ele perdura. O Estado está presente ao longo desse tempo.

Hoje nós temos grandes empreendimentos paralisados no Estado, como a UFN3 e a BBCA em Maracaju. Eles têm a possibilidade de serem retomados?

RIEDEL – São dois investimentos privados.  A UFN3 foi uma composição grande que envolveu Petrobras, agentes privados e outros. Por vários motivos a obra parou com mais 90% da planta concluída. Na semana passada eu tive com a ministra Tereza Cristina, em Brasília, ela estava retornando da Rússia. E esse foi um dos temas que ela discutiu com o presidente da Acron, da empresa Rússia, que está neste processo de compra. Ela voltou bastante esperançosa. O governo tem feito o possível e impossível pra que se retome essa obra e conclua, por exemplo, mantendo mais de R$ 450 milhões de isenção fiscal, mas é uma discussão privada que não passa pelo governo. O governo pode dar condição pra que as coisas aconteçam e atuar politicamente, como a ministra foi lá na Rússia conversar com o presidente da empresa. E Maracaju, a BBCA é uma decisão absolutamente privada, eles começaram o investimento, fizeram uma parte do investimento e o município está discutindo porque teve participação ativa. Eles estão discutindo isso. Com a empresa correndo o risco de sofrer sanções legais que estão previstas em contrato.

O Governo do Estado aprovou um estudo para a concessão da MS-112 e também de um trecho da BR-158 na região Leste. Como vai funcionar esse modelo de concessão? Haverá pedágio? Há quem entenda que a prioridade de concessão é da BR-262, rodovia que liga Três Lagoas a Campo Grande, apesar de ser uma rodovia federal, o governo não deveria fazer um esforço junto a esfera federal para que isso aconteça?

RIEDEL – No nosso entendimento, a BR-262 é uma prioridade, mas ela é uma decisão do Governo Federal. A MS-158 e a 436 também são federais, mas o ministro Tarcísio (Infraestrutura) se dispôs a entregar para o Estado para que a gente possa abrir esse programa de concessão junto com a MS-112, que é estadual. A 112 e a 158 elas são rotas complementares e, por isso, é lote só no programa de concessão do Estado. A 306 ela vem lá de Costa Rica e passa por Chapadão do Sul, chega a Cassilândia. São 219 quilômetros. De Cassilândia para frente na a MS-158 no meio do caminho ,descendo a MS- 112, vai lá pra Paranaíba, Aparecida do Taboado, Três Lagoas. Então, esse conjunto de estradas tem um problema muito sério de manutenção, principalmente, a BR-158 com um tráfego muito grande. O programa do Estado visa concessionar para poder mudar essa realidade a exemplo do que foi feito na MS- 306 e está sendo um sucesso. Mudou a realidade da região. Outra qualidade, um programa de investimento importante nessas rodovias. A BR-262 no nosso ponto de vista,  deveria também ser concessionada. O Governo Federal tem um trabalho de fazer essa concessão em trechos dela, que pegaria de Três Lagoas a Campo Grande ,por exemplo, junto com o lote da BR- 267. Se o Governo Federal entregar para o Estado, nós temos interesse em olhar e fazer um programa de concessão dela, porque é uma rodovia eixo central extremamente importante. 

Secretário, o senhor é o principal nome do PSDB para disputar o Governo do Estado. O PSDB já vem se movimentando, inclusive, esvaziando a candidatura de um dos seus principais adversário, o ex-governador Andre Puccinelli com a ida de Eduardo Rocha (MDB) para o Governo. Qual o plano do senhor e do partido para atrair lideranças de expressão do MDB ou de outro partido para o governo? A Simone Tebet também abraçaria sua pré-candidatura? 

RIEDEL –  Eu acredito que nesse momento da política, se intensificam as conversas, as discussões, né? Eu sempre fui uma pessoa extremamente focada no resultado e no trabalho. Estou há sete anos no Governo do Estado e pouco discuti política. Mas eu sempre me preocupei muito com o que a gente estava entregando e fazendo pelo Estado de Mato Grosso do Sul. Esse foi o meu foco. E fiquei extremamente orgulhoso e honrado quando o grupo político me chamou, e que não envolve só uma questão partidária, são vários partidos, são aliados que indicaram meu nome como pré-candidato para o ano que vem. Essa discussão  vai se intensificar no ano que vem. As conversas existem com todos. O deputado Eduardo Rocha ao longo deste tempo sempre foi extremamente entendedor e compreensivo no sentido de buscar projetos que fariam a diferença para MS. O governador o convidou para integrar o Governo por conta do resultado dele na Assembleia, secretário de Estado é uma ocupação definida pelo governador. A senadora Simone tenho o maior respeito por ela, pela trajetória dela, que é muito importante para o Estado. Ela é coordenadora da bancada e trabalha pela melhoria do Estado. Tem muita água para passar nessa ponte. O PSDB tem conversado com muita gente, de várias bandeiras, ideologias e posições. Nosso trabalho é fazer o melhor para Mato Grosso do Sul e isso é maior que partidos políticos e ideologias, essa conversa vai ser intensificada a partir de março de 2022. Até lá, a gente continua trabalhando pela população.