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Simone já começa agitar o jogo eleitoral para o Senado, em 2026

Ministra defenderá reeleição de Lula e vai dividir palanque com bolsonaristas na campanha de Riedel

Adilson Trindade durante participação no Jornal CBN Campo Grande - LSSCom/CBN-CG
Adilson Trindade durante participação no Jornal CBN Campo Grande - LSSCom/CBN-CG

O plano da ministra do Planejamento, Simone Tebet, de voltar a disputar o Senado, vai mexer com tabuleiro eleitoral de 2026. Simone afastou a hipótese de transferir o seu título eleitoral para São Paulo. O desejo dela é continuar representando Mato Grosso do Sul no cenário político nacional. Mas vai encontrar barreiras no caminho, porque a sua participação vai tumultuar ainda mais o congestionado processo eleitoral para o Senado.

Ela enfrentará candidatos já fechados com a reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB). Simone, também, assumiu o compromisso de apoiar a reeleição de Riedel disputando uma vaga no Senado. Só que Riedel já tem compromisso de apoiar um candidato bolsonarista para o Senado em troca da aliança do PL com PSDB na disputa pela Prefeitura de Campo Grande.

O ex-presidente Jair Bolsonaro abandonou a prefeita Adriane Lopes (PP) para defender a eleição do deputado federal Beto Pereira (PSDB), porque recebeu de Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja apoio ao seu candidato a senador. Ainda não há um nome definido do PL por Bolsonaro. E, para complicar ainda mais esse jogo, há a possibilidade da fusão do PSDB com MDB até as eleições de 2026.

Se isso acontecer, Azambuja e Simone seriam candidatos ao Senado em uma chapa pura, fechando as portas para Bolsonaro emplacar o seu candidato na aliança com os tucanos. É um complicador não previsto na agenda política de Azambuja. A presença de Simone não só pode dar um nó nessa aliança com PL, como também se misturar com bolsonaristas. 

Simone foi candidata a presidente da República, em 2022, batendo forte em Bolsonaro. E, no segundo turno, apoiou Lula e ganhou o comando do Ministério do Planejamento. Para solucionar o impasse e não abalar aliança com PL, Simone teria que disputar uma vaga de deputada federal. Mas ela não aceita a ideia ficar fora da disputa ao Senado, mesmo que tenha de dividir o espaço no palanque de Riedel com bolsonaristas.

Ela não abre mão de defender a reeleição do presidente Lula, enquanto os aliados do ex-presidente estarão fechados com um candidato da direita. Riedel, também, deverá apoiar um candidato conservador para presidente da República. Toda essa montagem política, mostra um cenário atípico em Mato Grosso do Sul com aliada de Lula unida com bolsonaristas na campanha da reeleição de Riedel e rivais na disputa para o Senado.

Confira a coluna Política em Destaque na íntegra: