Veículos de Comunicação

Corrida Eleitoral

‘Time que não entra em campo perde a torcida’, diz Mochi sobre eleições 2022

Presidente do MDB-MS fala sobre candidato do partido para o governo estadual e confirma disputa com Puccinelli

Presidente do MDB-MS fala sobre candidato do partido para o governo estadual e confirma disputa com Puccinelli - Foto: Gerson Wassouf
Presidente do MDB-MS fala sobre candidato do partido para o governo estadual e confirma disputa com Puccinelli - Foto: Gerson Wassouf

As articulações para a disputa do governo de Mato Grosso do Sul no ano em 2022 avançam e a expectativa é de que tenhamos vários candidatos na corrida ao cargo. O cenário que vai se apresentando demonstra muitos nomes, entre eles, de deputados estaduais, federais e senadores. 

Para debater o assunto, a CBN Campo Grande,  emissora do Grupo RCN de Comunicação, começou uma série de entrevistas com representantes de partidos. O primeiro é o presidente do MDB-MS, Júnior Mochi. Confira a entrevista.

O MDB terá candidato ao governo de Mato Grosso do Sul em 2022?

Mochi Sim! O MDB não pode abrir mão disso. Na gíria da política, nós dizemos que partido político é igual time de futebol. Time que não entra em campo perde a torcida. E, o MDB, durante os 42 anos de história do Estado, esteve à frente do governo estadual durante 20 anos.

E quem deve ser o candidato?

Mochi O candidato preferido do MDB é o nosso ex-governador, André Puccinelli. Não só por ser o preferido, mas é o candidato onde todas as pesquisas de opinião apontam.

O ex-governador teve condenação recente por improbidade administrativa. Essa condenação torna Puccinelli inelegível?

Mochi Não. Primeiro, é a única condenação contra o André. É importante esclarecer isso. Segundo, é uma condenação que não se refera a atos de corrupção. É sobre um fato ocorrido em 2012, antes do processo eleitoral, em uma reunião em que o André solicitou aos seus servidores que votassem nesse ou naquele candidato de sua preferência. Este fato, que é relacionado à política, foi apreciado em primeira instância, em segunda instância e pelo TSE. Todas as instâncias o absolveram. O Ministério Público, inconformado, entrou com ação de improbidade que teve agora uma decisão em primeira instância. É uma decisão que cabe recurso, portanto, o André não é e não está inlegível em função dessa decisão, uma vez que tem o direito de recorrer.

Há plano B para as próximas eleições?

Mochi De forma clara, em um primeiro momento, não existe plano B. Nós estamos definindo isso, entendemos hoje, por unanimidade entre aqueles que compõem a executiva do partido, que a melhor opção para apresentar à sociedade sul-mato-grossense é o nome do André. (…) Como temos nomes como a Simone [Tebet], que é um dos grandes nomes do partido, se o André definir, lá na frente, que não vai participar, nós não vamos abrir mão. Eu defendo que o MDB tem que ter candidato, ele não pode se furtar de uma candidatura.

Mas a Simone Tebet aceitaria dessa vez?

Mochi Eu conversei com a Simone. Olhe bem! Ela disse para mim, em última análise, se for necessário, eu estou à disposição do partido. Então, se for necessário, a Simone pode ser candidata à governadora pelo MDB. A vontade dela, manifestada para nós é ser candidata à reeleição como senadora. 

Algum intelocutor do governador Reinaldo Azambuja conversou com  o senhor ou André Puccinelli sobre a sucessão estadual?

Mochi Já houve uma conversa do atual governador com os deputados estaduais do MDB. E, alguns interlocutores que já procuraram o André, já falaram, não foram interlocutores oficiais. Mas, eu penso que seria sondagem. Esse é o momento que todos sondam, todos conversam. Mas, de forma muito clara, a depender de mim, o MDB tem e deve ter candidatura própria. A composição com o PSDB passa pela aceitação disso. Não vejo, ao meu ver, a possibilidade do MDB, nesse momento, apoiar o PSDB.