Veículos de Comunicação

Saúde

Uso indiscriminado de vermífugo pode ter consequências gravíssimas para o fígado, alerta médica

De forma preventiva, remédio deve ser usado uma vez por ano

Brasil é considerado área endêmica para a contaminação por vermes
Brasil é considerado área endêmica para a contaminação por vermes

Entre as muitas polêmicas nas redes sociais, uma que tem ganhado força nas últimas semanas, é a de pessoas indicando o consumo de remédios que combater vermes para reduzir a barriga. A ‘receita’ mascarada de solução na verdade esconde diversos riscos, entre eles o da automedicação e da distorção da própria imagem.

A gastroenterologista e hepatologista, Luciana Araujo Bento, em entrevista ao Jornal CBN CG fez um alerta: o uso indiscriminado de vermífugos pode acarretar em problemas renais.

“Vermífugos, e alguns antibióticos estão abarcados aí, não devem ser usado juntamente com o álcool, tem reações bem desagradáveis como mal estar, vômito e aí a pessoa acha que é só do medicamento, mas na verdade é a associação […] O fígado reage a todas as medicações. Tudo o que a gente tomar vai passar primeiro pelo fígado, vai passar pelo intestino, mas primeiro passa pelo fígado. Então a pessoa pode ter uma hepatite medicamentosa por um vermífugo, não é comum, mas pode acontecer”.

A médica explicou que a distensão abdominal por vermes é menos recorrente, o mais comum, nestes casos, de acordo com a gastroenterologista, são as dores abdominais. “A melhor opção é ir ao médico fazer o relato, receber o diagnóstico correto para ter a indicação do remédio adequado”. 

O Brasil é considerado área endêmica para a contaminação por vermes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a indicação para o uso de remédios para combater esta infestação é a utilização do medicamento uma vez por ano. 

“É importante cuidar da prevenção, cuidado com a alimentação e higiene em casa,  lavar mãos é fundamental”, frisou a médica. Acompanhe a entrevista completa.